Desde 2017, Brusque registra somente um homicídio sem solução; confira dados
Taxa de resolução de homicídios dolosos é de 94,10% no município
A cidade de Brusque possui apenas um homicídio sem solução, de acordo com um levantamento disponibilizado pela Polícia Civil, de 2017 até 2021.
O único crime ainda sem solução foi cometido no bairro Limoeiro, no dia 29 de junho de 2017. Na época, o motorista Jorge Luis Floriani, de 36 anos, morreu após ser baleado e atingido por cinco tiros, na rua Libério Benvenutti.
Segundo o relato da época, ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu.
Testemunhas próximas do local informaram que dois homens encapuzados, vestidos com moletons, chegaram em uma motocicleta na rua Itajaí.
Eles abandonaram o veículo e foram a pé até próximo à casa da vítima, que fica ao lado da transportadora onde trabalhava, e cometeram o crime. Na sequência, voltaram até a moto e fugiram. Os vizinhos observaram a ação e, no início, gritaram achando que se tratava de um assalto.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Alex Bonfim Reis, no único homicídio não solucionado, os policiais foram até o local logo em seguida para investigar o caso.
“Ali entendemos o local do crime, foram identificadas testemunhas, mas a resposta à sociedade e aos familiares não foram dadas a contento e o crime não foi solucionado”, lamenta.
Ele destaca que ainda hoje o caso segue aberto e é analisado pelos policiais para identificar se há algum fato que possa ter passado despercebido.
“Quando falamos em estatística, desejamos que não houvesse homicídios. Mas infelizmente, nossa realidade não é essa”, ressalta o delegado.
Reis informa que o caso só será fechado após o crime prescrever. Até lá, ele pode ser reaberto caso surjam novos indícios de autoria.
Resolução de crimes
Em Brusque, a taxa de resolução de homicídios dolosos é de 94,10%. O município registra 17 homicídios considerados dolosos, e destes, 16 já foram solucionados.
O delegado informa que os dados disponibilizados abrangem apenas os crimes consumados. Não estão incluídos os delitos de latrocínios e mortes em decorrência de ação policial.
Em 2017, foram registrados cinco crimes, e continua sendo o ano com maior taxa de homicídios ocorridos na cidade. Em 2018 e 2019, foram contabilizados três crimes cada ano. Em 2020, foram registrados dois e até abril de 2021, três foram consumados.
Dado positivo
Segundo Reis, a estatística registrada no município e a nível de países europeus, acima da média de Santa Catarina e do Brasil.
Ele destaca que apesar da constante falta de investimento por parte do estado, a Polícia Civil de Brusque possui um bom índice de resolução de crimes.
O delegado considera três fatores que contribuem para o resultado. O primeiro, o alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o que diminui a incidência das prática de crimes.
Para ele, o segundo é a “atuação da Polícia Civil, em todo homicídio nós temos a capacidade de ir até o local o mais rápido possível. E a equipe que vai até o local é a mesma que irá desenvolver a investigação”.
Nestes casos, Reis explica que os policiais identificam diversas testemunhas no local, além de acompanhar todo o desenvolvimento do caso na cena do crime.
De acordo com o delegado, o terceiro fator é a união entre as polícias Civil e Militar, Instituto Geral de Perícias (IGP), Ministério Público e Judiciário.
Reis comenta que o dado “poderia ser ainda maior se considerasse os homicídios solucionados em Guabiruba e Botuverá, onde há mais uns dois ou três crimes resolvidos, já que também são nossas áreas de atuação”.
Ele também ressalta a importância da população para esclarecer os crimes. “Claro que é a obrigação da polícia de investigar os crimes, mas há a parcela de responsabilidade da população para nos auxiliar. A polícia está sempre aberta e receptiva para receber informações de qualquer crime”, finaliza.
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