Desenho para gente grande
O brilhante cientista beberrão Rick “sequestra” Morty, seu neto aborrescente, para viver loucuras em outros mundos e dimensões alternativas.
A série estreou em 2 de Dezembro de 2013 e acompanha as perigosas aventuras do cientista alcoólatra Rick e seu neto Morty, que divide seu tempo entre a vida familiar e viagens interdimensionais.
Rick Sanchez é um cientista genial e alcoólatra que foi morar com a família de sua filha (Beth), uma cirurgiã cardíaca de cavalos. Ele divide seu tempo entre desenvolver projetos altamente tecnológicos em seu laboratório (garagem da casa de Beth) e levar seu neto de 14 anos, Morty em aventuras perigosas e surreais pelo Multiverso. Combinados com tensões preexistentes dentro da família, esses eventos causam ao sensível Morty muita angústia em casa e na escola.
A série se originou de uma paródia animada em curta-metragem do filme Back to the Future criada por Roiland para o festival de cinema Channel 101. A Adult Swim abordou Harmon a respeito de idéias para um programa de televisão, então ele e Roiland desenvolveram o programa com base no curta, substituindo os personagens de Doc com Rick e Marty com Morty
Se você procura algo para assistir com humor negro, sexo, drogas, muitas questões filosóficas e conhecimento científico já sabe onde encontrar, tudo isso encontra-se em Rick e Morty, desenho lançado em 2013 mas que começou a fazer sucesso desde o final de 2015. Atualmente está em sua terceira temporada e já é considerado o melhor “desenho adulto” da atualidade. Ainda quer saber por quê? É um caminho sem volta, amigos. Rick é o cientista maluco que mora com sua filha, já casada e com dois filhos, Summer (a filha) e Morty (filho caçula), ambos menores de idade, e acreditem, esta informação é deveras relevante…
Morty torna-se o ajudante de Rick, e ambos viajam por várias dimensões através de uma arma de portais paralelos para o lugar que Rick quiser. É notório as mais diversas referências nerds que o desenho traz à tona em vários episódios, todas muito engraçadas e satisfatórias a quem nota. Não se engane, a obra não fica presa apenas ao “fan service”, caminha pelas próprias pernas fugindo do convencional, coisa que muitos outros do gênero não conseguiram como Family Guy e American Dad, que são sempre comparados com Os Simpsons.
Se ousarmos comparar Ricky e Morty com algum outro desenho seria com Futurama, mas esta comparação limita-se apenas na temática em relação a viagens no tempo e diversas dimensões, fora isso não tem nada e comum. O cientista Rick é visivelmente inspirado em Doc Brown (depois de uma dose de Whisky) só que politicamente incorreto. Você começa a assistir e a todo momento você pensa: – Nossa isso é muito errado – este pensamento normalmente vem depois de uma gargalhada que você vai soltar, pode ter certeza! Fora vários momentos insanos e errados, muito errados, a série ensina muita coisa científica e filosófica, de uma forma bem paradoxal, é verdade.
Rick tenta transmitir para seus familiares, Morty e ao telespectador que o conhecimento muitas vezes precisa ser empurrado “guela à baixo” para que o indivíduo não se torne um robô do sistema, vulgo “Zé Ninguém”. E para isso, é necessário vencer muitas resistências, principalmente as famosas opiniões populares, aquelas que a maioria, lá no fundo, não concorda, mas acredita que seja a melhor para ela estar junto com a maioria e não ser “julgada”.
A série bate na tecla de questões existencialistas e de comportamento, além de discussões da atualidade, como por exemplo, o feminismo. É uma série que vale a pena ser conferida. Há um universo infinito de possibilidades que seus criadores podem explorar.
Cristiane de Souza – estudante