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Desfile das costureiras: dia de beleza e reconhecimento na passarela

Tradicional evento que marca o dia da costureira transformou 70 profissionais em modelos na noite desta quinta-feira, 25

As 70 profissionais que participaram da 7ª edição do Desfile das Costureiras na noite desta quinta-feira, 25, na Sociedade Santos Dumont, tiveram um dia diferente. Para se transformarem nas estrelas da festa, a preparação começou durante a tarde, com um dia de princesa no salão de beleza.

Pelo terceiro ano, o Salão Cristiano Pinheiro participou do evento, com a missão de produzir as modelos. Nesta edição, os aprendizes do Centro Acadêmico Cristiano Pinheiro foram os responsáveis por toda a produção de cabelo e maquiagem das costureiras, sob a supervisão dos profissionais.

“É gratificante participar. É uma forma de humanizar a profissão. Estamos dando um presente a elas, além de ter a oportunidade de os alunos do Centro Acadêmico colocarem em prática o que aprenderam durante o curso”, diz o proprietário do salão, Cristiano Pinheiro.

Desta vez, o Desfile das Costureiras teve como temática os Anos 70, por isso, a produção foi toda focada nas tendências daquela época. Na maquiagem, Pinheiro destaca que o olho precisa ser bastante marcado, bem delineado. Já os cabelos precisam abusar do volume e brilho.

A cabeleireira e maquiadora Carla Roberta Ferreira Rodrigues trabalha há cinco anos no salão e, pelo segundo ano, participou da produção das costureiras para o desfile.

“Muitas delas não costumam frequentar o salão de beleza com frequência, então nessas ocasiões a gente aproveita para fazer o melhor para elas se sentirem lindas”, diz.

A produção das modelos foi finalizada pouco antes delas entrarem na passarela, com os últimos retoques na maquiagem e nos penteados.

Experiência na passarela
Moradora do bairro Jardim Maluche, a costureira Marli Klock começou no ofício com 14 anos. A vida toda se dedicou à costura e, agora, ela dá aulas no curso de Design de Moda, no Centro Universitário de Brusque (Unifebe). Esta foi a quarta vez que ela pisou na passarela como modelo no Desfile das Costureiras. “Já estou acostumada, mas no fundo sempre dá aquela expectativa”.

Marli Klock foi bastante aplaudida durante o desfile | Foto: Bárbara Sales

Como de costume, os alunos de Design de Moda da Unifebe, Desenhista em Produto de Moda e Confeccionador de Moldes e Roupas, do Senai, desenvolvem os modelos e escolhem as costureiras que querem ver vestindo-os na passarela. As costureiras, por suas vez, são as responsáveis por costurar o look que será usado no desfile.

Marli conta que a sua roupa da passarela: uma jaqueta pink de paetês, uma calça corsário e uma blusa branca foram confeccionados em um instante. “Já estou bastante acostumada, então foi bem rápido”.

Mãe e filha na moda
Quem também teve um dia de princesa no salão de beleza na tarde de ontem foi a costureira Viviane da Silva Taquini, 41 anos. Ela está no ofício há 27 anos. Começou ainda adolescente costurando na Alfa Jeans, e desde então, não parou mais. “Costurar é uma arte. Nós somos as responsáveis por criar as roupas que todo mundo usa”.

Ela participou pela segunda vez do Desfile das Costureiras, representando a La Bela Modas, onde trabalha atualmente. O look usado na passarela – um vestido de ponta e franjas de paetês preto – foi uma criação da filha, Janaína Taquini, que está na última fase do curso de Design de Moda.

“Ela fez e eu costurei em uma semana. Nunca imaginei que ela seguiria este caminho, mas de repente aflorou este talento. Me sinto bastante orgulhosa em compartilhar este momento com minha filha”.