GALERIA – Desfile das costureiras retorna após pausa de dois anos devido à pandemia
60 profissionais e estudantes participaram do desfile na noite desta sexta-feira
60 profissionais e estudantes participaram do desfile na noite desta sexta-feira
A noite desta sexta-feira, 27, foi para celebrar uma das profissões mais importantes para a economia de Brusque e região: a costureira. Dezenas de profissionais saíram de trás das máquinas de costura para se transformarem em modelos em mais uma edição do Desfile das Costureiras.
O evento teve início em 2011 e a última edição foi realizada em 2019. Nos dois anos seguintes precisou dar uma pausa devido à pandemia da Covid-19, mas agora retornou para homenagear costureiras e costureiros, responsáveis por levar a moda de Brusque para todo o Brasil.
O Desfile das Costureiras é uma iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest), com a parceria da Unifebe, Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sindivest), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região (AmpeBr).
“O objetivo é homenagear as costureiras e costureiros pela passagem de seu dia, celebrado em 25 de maio. Também é uma forma de evidenciar uma profissão que é tão importante para a economia da nossa cidade e região”, destaca a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
Os looks usados no desfile foram produzidos pelas próprias costureiras e costureiros, pelos alunos das instituições de ensino participantes – que também desfilaram – e alguns também foram cedidos por empresas parceiras.
A estudante do curso de Desenho e Produto de Moda do Senai, Isabelle Wolf Leoni, 15 anos, foi uma das modelos desta edição. Em parceria com os colegas de turma, ela desenhou e produziu o vestido que usou na passarela.
“Para mim foi uma experiência incrível. Tivemos muito trabalho para fazer os looks. Foram duas semanas para confeccionar seis vestidos, mas no fim deu tudo certo e estou feliz em participar”.
A costureira Juciane Correa do Nascimento Schaadt, 50 anos, era a profissional mais experiente entre todos que desfilaram. Ela aprendeu a costurar com a mãe, aos 12 anos, e está há 38 anos na profissão.
Ela desfilou um modelo de pijama que produz diariamente na confecção onde trabalha e se sente feliz em ver a profissão sendo valorizada. “Hoje as meninas novas não se interessam em ficar atrás de uma máquina, mas esta é uma profissão de muito valor. Eu aprendi com a minha mãe, quando me ensinava com retalhos e estou até hoje. Minhas irmãs também costuram, minhas filhas costuram, vamos passando de geração em geração”.