Detento da UPA é flagrado com drogas no estômago
Edmilson Silva Borges, 36 anos, retornava de uma saída temporária quando apresentou um comportamento estranho
O detento Edmilson Silva Borges, 36 anos, foi flagrado tentando entrar com drogas na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Brusque, na quarta-feira, 21. O homem havia recebido o primeiro benefício da saída temporária, após estar 11 meses presos. Assim que retornou, os agentes penitenciários perceberam um comportamento estranho e passaram a questioná-lo.
Após muita insistência, Borges finalmente confessou que havia ingerido uma quantia de drogas. O diretor da unidade, Élison Ivan Soares explica que o interno foi encaminhado para o Hospital Azambuja, onde passou por um raio-X que apontou que as substâncias haviam passado para o intestino. Com isso, não era mais possível uma lavagem estomacal, pois seria muita evasivo. A orientação do médico foi de esperar o homem evacuar, para então apreender a droga.
Borges voltou para a UPA e foi colocado em uma cela separada, sob observação dos agentes. Certo tempo depois, ao evacuar em um balde, foram apreendidos cerca de 20 buchas de uma substância não identificada.
Os agentes abriram uma das embalagens na unidade prisional e constataram que a droga tinha aspecto de fumo, do tipo palheiro. O interno foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil onde foi registrado um boletim de ocorrência na tarde desta quinta-feira, 22. A droga foi apreendida e será encaminhada para o Instituto Geral de Perícias (IGP) para identificação da substância.
Agora, Borges responderá a um processo administrativo disciplinar por falta grave. Até o julgamento do caso, o benefício de saída temporária está suspenso ao interno. Se o juiz reconhecer a falta grave, o detento pode regredir do regime semi-aberto ao fechado ou ainda mudar a data base para cumprimento da pena. Ou seja, os 11 meses já cumpridos de prisão zeram, e a punição volta desde o começo.
Trabalho de observação
O diretor da UPA afirma que em toda saída temporária os agentes penitenciários ficam muito atentos ao comportamento dos detentos que retornam. “É uma tática de trabalhar com observação. O interno aparece nervoso, tremendo e não faz o procedimento com naturalidade. Com isso, ele passa a ser interrogado insistentemente”.
Soares ressalta que a dedicação dos agentes durante a execução do trabalho diário é muito importante para combater esse tipo de crime na UPA. “Fizemos um bom trabalho para, justamente, coibir essa prática dentro da unidade, e é claro, fazer com que essa situação não se torne corriqueira”, diz.