Devido à alta demanda, ventiladores e ares-condicionados começam a faltar em Brusque
Lojas registraram crescimento de até 300% em relação ao volume normal de negociações
Lojas registraram crescimento de até 300% em relação ao volume normal de negociações
A onda de calor intenso que atingiu Brusque nas últimas duas semanas fez dispararem as vendas de ventiladores, climatizadores e ares-condicionados. Em várias lojas, o estoque já foi vendido e não há mais aparelhos à venda.
O verão demorou para chegar neste ano, porém, veio com intensidade. De acordo com dados das estações meteorológicas do blogueiro Ciro Groh, no domingo de Natal, a temperatura atingiu 32,5 °C. No dia seguinte, os termômetros em Brusque marcaram 36°C.
O recorde de calor foi registrado na terça-feira, 27, quando a estação instalada no bairro Rio Branco marcou 41°C de temperatura. A sensação térmica, no entanto, alcançou os 50°C. Com tanto calor, os brusquenses que permaneceram na cidade durante as férias foram às compras em busca de meios de se refrescar.
Foi isso que fez o casal Ramon Lima e Leila Brito. Eles foram comprar um ventilador, entretanto, os modelos mais baratos já estavam esgotados. “Com esse calor, está complicado”, resume Lima.
Em algumas lojas, a venda de ventiladores triplicou na semana semana após o Natal – como no Koerich. O gerente Éderson Felipe afirma que o movimento aumentou bastante por causa do calor intenso.
A maior parte dos clientes levou ventiladores, mais baratos, mas também teve muita procura por ar-condicionado. Tanto é que os modelos mais baratos já se esgotaram no Koerich, segundo o gerente.
De acordo com Felipe, o Koerich já havia se preparado para essa alta demanda porque a semana antes do Natal já havia sido quente e o movimento vinha aumentando.
O mesmo boom nas vendas aconteceu no Magazine Luiza. A vendedora Márcia de Souza diz que os últimos dias têm sido “uma loucura”. “A cada dez clientes que entram na loja, seis querem ar-condicionado ou ventilador”, diz.
Segundo a vendedora, a maioria ainda prefere os ventiladores, que são mais baratos e não exigem instalação ou mudança na parede da residência. Mas climatizadores menores também foram bastante vendidos.
Márcia conta que “qualquer coisa que refresque está vendendo”. O movimento se intensificou ainda mais depois do dia 26, com os recordes históricos de calor que foram registrados no Vale do Itajaí. Segundo ela, as vendas duplicaram em relação ao volume normal.
Produtos começam a faltar
Com tanta gente querendo comprar um ventilador ou ar-condicionado, naturalmente alguns produtos começaram a faltar. Na quarta-feira, 28, por exemplo, o último ventilador à venda na Schumann estava no mostruário. Todos os outros se esgotaram no mesmo dia.
Ar-condicionado é algo ainda mais difícil de encontrar. O supervisor de estoque da loja, Ênio Vandresen, explica que a oferta de ares-condicionados foi menor neste ano. Foram feitos pedidos, mas os fornecedores estavam cautelosos
Com a crise financeira, os fabricantes não pensaram que haveria tantas vendas, por isso entregaram menos aparelhos. Por isso, na Schumann, já havia mais ar-condicionado á venda no dia 28.
A onda de calor injetou ânimo nos lojistas de Brusque. Em outras lojas, os vendedores também relataram que as vendas de artigos como ventilador, climatizador e ar-condicionado dispararam. O crescimento nas vendas dá um fôlego para as vendas de natal.