Uma análise dos três últimos meses, sobre monitoramento de violações à liberdade de expressão, realizada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), apontou 24 ataques à imprensa, sendo 70% deles direcionados por agentes públicos. Na cobertura da Covid-19, foram cinco ataques a esses profissionais.

Outras entidades de defesa ao jornalista, como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), também chamam atenção e reforçam a importância do jornalista na prestação de serviços e, principalmente agora, no esclarecimento da população quanto à pandemia, seja atualizando sobre a doença ou desfazendo as fakes news.

De acordo com a pesquisa do Datafolha, programas jornalísticos da TV (61%) e jornais impressos (56%) estão entre os veículos em que a população mais confia para se informar sobre a Covid- 19.  Programas jornalísticos de rádio e sites de notícias aparecem com 50% e 38% no nível de confiança, respectivamente.

“É nesse momento, de alarme na saúde pública, que o jornalismo mostra que é mais do que polarização, vários lados, vigilância e cobrança dos poderes, que jornalismo é principalmente prestação de serviço, que é uma profissão com apego à verdade dos fatos, além de ser também espaço de posicionamento, mas com embasamento na ciência e em instituições de referência, como a Organização Mundial da Saúde”, afirma o professor de Jornalismo e mestre em Comunicação e Cultura, Alexandro Mota.

Ato on-line em defesa da categoria

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em conjunto com outras entidades civis do segmento, promoverá um ato on-line em defesa dos jornalistas, nesta terça (7), às 19h, no Facebook da organização. Na oportunidade, os profissionais de saúde também serão homenageados.

Conforme informou o Portal Imprensa, uma parte do manifesto organizado pelas entidades aponta que “a humanidade nunca teve tanta necessidade de informação de qualidade, clara, vinda de fontes confiáveis. Para se orientar, para se mover a cada dia, para organizar suas vidas, as pessoas precisam ser informadas sobre a realidade da Covid-19. O jornalismo emerge, neste momento, como artigo de primeira necessidade”.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil