Mais de 1 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados todos os anos, no mundo, o que equivale a cerca de 30% do total produzido, de acordo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Segundo o órgão, a perda de alimentos prevalece nos países como o Brasil.

Já o desperdício, que ocorre no final da cadeia alimentar (varejo e consumo), está mais associado às nações desenvolvidas. Atualmente, o número de habitantes do planeta chega a 7 bilhões, mas estima-se que vai ultrapassar os 9 bilhões em 2050 e que a produção mundial de alimentos vai ter de aumentar em 60% para conseguir responder às necessidades alimentares da população mundial. Diante disso, um caminho pode ser a reaproveitamento dos alimentos.

A nutricionista Flávia Leis prefere o termo aproveitamento integral dos alimentos. “Acho que existe um preconceito em relação ao termo reaproveitamento. As pessoas pensam que vão comer somente as cascas, talos ou sementes. Na verdade, a gente pode fazer o aproveitamento integral, dependendo do alimento”, explica.

Ela conta, ainda, que “às vezes na hora de descascar uma cebola, por exemplo, em vez de tirar aquelas tampas superiores e uma pequena camada de casca, as pessoas fazem um descarte de uma parte maior sem necessidade”.

Curiosidade: o Dia Mundial da Alimentação é celebrado, anualmente, em 150 países no dia 16 de outubro e tem o objetivo de alertar para a necessidade da produção alimentar e reforçar a necessidade de parcerias a vários níveis; alertar para a problemática da fome, pobreza e desnutrição no mundo; reforçar a cooperação econômica e técnica entre países em desenvolvimento, entre outros.

A data também marca o dia da fundação da Organização das Nações Unidades para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 1945.