Dia Nacional do Teste do Pezinho: Clínica Uni Duni Tê realiza cerca de 170 exames por mês

Exame é responsável por diagnosticar várias doenças nos primeiros dias de vida

Dia Nacional do Teste do Pezinho: Clínica Uni Duni Tê realiza cerca de 170 exames por mês

Exame é responsável por diagnosticar várias doenças nos primeiros dias de vida

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. Por meio do exame, em que são colhidas gotinhas de sangue entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, é possível diagnosticar várias doenças, que se não forem tratadas rapidamente podem causar deficiência mental, física ou até levar à morte.

Em Brusque, a Clínica de Terapia Integrada Uni Duni Tê, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), realiza o teste desde 1991. A clínica trabalha na prevenção, acompanhamento e intervenção do desenvolvimento de crianças.

Atualmente, são realizados uma média de 170 testes ao mês. São atendidas crianças de Brusque, Botuverá e Guabiruba. Em 2015 foram 1.952 exames realizados, atingindo 95% das crianças nascidas e residentes nos três municípios.

Exame mudou a vida de Heloisa

Graças ao Teste do Pezinho, Heloisa Cristina Dell’Antônia, de 19 anos, estudante de Processos Gerenciais, tem uma vida normal. Ainda bebê, ela foi diagnosticada com fenilcetonúria, uma das sete doenças só possíveis de serem identificadas por meio do exame.

Com cerca de 30 dias ela já iniciou o tratamento, que foi essencial para que não tivesse nenhuma sequela. “Eu preciso cuidar da alimentação. Tenho que comer frutas e verduras e não posso comer algumas coisas, como brigadeiro, por exemplo. Mas quando eu era criança era pior, porque não era convidada para aniversários e ficava triste”, lembra.

A fenilcetonúria é uma doença genética, causada pela ausência ou pela diminuição da atividade de uma enzima do fígado, que transforma a fenilalanina (aminoácido presente nas proteínas) em outro aminoácido chamado tirosina. Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina e de duas substâncias associadas a ela automaticamente crescem no organismo. Tais substâncias são prejudiciais ao sistema nervoso central e podem causar dano cerebral.

Heloisa afirma que o teste detectou sua doença e fez com que sua vida tivesse outro rumo. “Se eu não tivesse feito estaria deficiente, não falaria, não andaria e eu adoro correr. Eu ia ficar dependente da minha mãe. Hoje estou feliz, tocando a minha vida. A equipe Uni Duni Tê sempre me apoiou e me ajuda até hoje”, diz a jovem, que ainda realiza o tratamento.

O vice-presidente da Apae, Márcio Belli, diz que Heloisa é um exemplo para a sociedade. “Te parabenizamos pelo esforço e dedicação em compartilhar sua história com outras pessoas. Pra todo mundo saber que qualquer coisa diferente pode acontecer com qualquer um de nós e que podemos ser referência para os outros”.

Teste do pezinho 1

 

 

 

 

 

 

 

Teste do Pezinho

O Teste do Pezinho detecta as seguintes doenças: fenilcetonúria, fibrose cística, hipotireoidismo congênito, hiperplasia adrenal congênita, galactosemia, deficiência de biotinidase, hemoglobinopatias e anemia falciforme.


Atendimento

O Teste do Pezinho é realizado pela UniDuniTê, de segunda a quinta-feira, das 13h às 16h, com atendimento por ordem de chegada.

Legenda 1: Por meio do Teste do Pezinho, Heloisa Cristina Dell’Antônia foi diagnosticada com fenilcetonúria
Legenda 2: À convite da UniDuniTê, Heloisa Cristina Dell’Antônia compartilhou experiência da doença, descoberta pelo teste

 

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