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Dificuldades financeiras podem fechar a Acapra

Associação está endividada e faz apelo à comunidade e ao poder público por apoio

A presidente da Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra) declara que se a entidade não tiver ajuda, poderá fechar. Com dívida de mais de R$ 60 mil com clínicas, não tem mais condições de continuar a funmcionar sem o apoio do poder público municipal ou da comunidade. Na próxima terça-feira, 27, a diretoria da associação fará uma reunião para decidir o que será feito no futuro.

 

De acordo com Lilian, uma das alternativas estudadas pela diretoria da Acapra é suspender as atividades por alguns meses. Esse tempo serviria para que os 30 animais que hoje estão nas clínicas bancadas pela associação saíssem de lá, acabando com os gastos com diárias. Não seriam aceitos novos bichos até que a conta da entidade voltasse ao verde. Outra alternativa é limitar os atendimentos somente a animais em estado grave, como os acidentados. Nesse cenário não seriam mais realizadas castrações e vacinações, que são procedimentos mais simples, mas que pesam no bolso da associação que é formada por voluntários e sobrevive de doações.
“O que acontece é que temos uma dívida de R$ 10 a 15 mil com clínicas por mês e não conseguimos mais dar conta. Os eventos que fazemos cobrem somente essas despesas mensais e não sobra nada para pagar o resto das contas”, diz Lilian. A solução reivindicada pela Acapra é a criação de uma clínica veterinária pública.
A presidente afirma que com uma clínica pública haveria uma redução significativa dos gastos da Acapra, porque grande parte das despesas da entidade é com as diárias de animais sem dono em clínicas particulares. O espaço serviria também para atender a população de baixa renda, que não tem como pagar por um veterinário.

 

A secretária de Saúde de Brusque, Ana Beatriz Baron Ludvig, afirma que uma clínica veterinária pública não está entre as prioridades da pasta. “No momento oportuno vamos debater esse assunto dentro do governo, mas não temos nenhuma posição oficial. Ainda não houve um volume suficiente de discussão sobre o assunto para saber se há a necessidade de uma clínica pública. Se eu falasse qualquer coisa agora seria temeroso”, diz Ana Beatriz.
Brusque vive uma situação curiosa. Quando um animal é resgatado pelo Corpo de Bombeiros ou outro órgão, a Acapra é chamada, só que não há convênio algum entre a associação e o poder público nesse sentido. “O que nós recebemos é R$ 2 mil da prefeitura como ajuda, mas a Acapra não tem a responsabilidade de responder a esses chamados”, diz Lilian.
A presidente diz que outra alternativa seria a prefeitura repassar o dinheiro para o cuidados com os animais para a Acapra. “Para nós seria maravilhoso, porque não queremos ter que fechar a Acapra, mas o lado do dinheiro está pesando”.