Dilma veta correção de tabela do Imposto de Renda
Segundo a presidente, o veto é uma forma de o governo não perder arrecadação e, desta forma, conseguir estabilizar as contas
Segundo a presidente, o veto é uma forma de o governo não perder arrecadação e, desta forma, conseguir estabilizar as contas
Com a Medida Provisória aprovada em dezembro pelo Congresso Nacional, brasileiros que ganham até R$ 1.903,98 ficariam isentos de declaração do Imposto de Renda. Entretanto, na manhã desta segunda-feira, 20, a presidente Dilma Rousseff vetou o trecho do reajuste – que chegaria a 6,5%. Atualmente, o limite de isenção é de R$ 1.787,77. O veto foi publicado no Diário Oficial da União.
Na justificativa do veto, a presidente disse que se fosse aprovada nos termos inicialmente sugeridos a “proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões, sem vir acompanhada da devida estimativa do impacto orçamentário-financeiro”. Para o professor de economia da Uniasselvi/Assevim, Arilson Fagundes, mesmo que desaponte os brasileiros, o veto de Dilma é uma forma de o governo não perder arrecadação e, desta forma, conseguir estabilizar as contas.
“O governo ficaria com o ônus [se a Medida Provisória fosse aprovada], pois deixaria de arrecadar uma boa parte desse imposto. Mas isso não é a intensão da equipe econômica nesse momento de reajuste na economia. As novas medidas econômicas do governo preveem uma arrecadação maior para os próximos anos. Isso, para que o Produto Interno Bruto (PIB) volte a crescer”, analisa.
O professor afirma ainda que se o reajuste fosse aprovado, parte do orçamento de contribuintes seria beneficiada. Entretanto, seria prejudicial para o governo e para a economia do país, principalmente em relação ao atual momento econômico.
“O que devemos nos ater sempre é para que serve nossos impostos. Temos de fiscalizá-los e não tendermos a buscar modos de sonegá-los. Pagamos muitos tributos. Porém, a reforma tributária pode ser um caminho e, para nós contribuintes e para o governo, tudo deve estar em equilíbrio, em harmonia. Um país sem recessão, desemprego e se desenvolvendo cada vez mais é o que queremos” finaliza.