Diretor-presidente do Samae defende segurança do reservatório do Azambuja
Sessão da Câmara teve que ser paralisada em diversos momentos por manifestações feitas por moradores da região presentes
O diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Dejair Machado, falou na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira, 10, sobre a instalação de um reservatório com capacidade para 500 mil litros de água no loteamento Bruchal, no bairro Azambuja.
Em janeiro, o diretor da Defesa Civil, Carlos Alexandre Reis, e alguns outros agentes estiveram vistoriando a caixa d’água nesta segunda-feira, 27. Moradores se mostraram temerosos por conta do tamanho da estrutura do reservatório.
Machado afirma que o medo à população foi causado por “alguém de uma forma irresponsável ou por falta de conhecimento de causa”.
O diretor-presidente do Samae reforça que o projeto foi feito através de um plano de investimentos aprovado pela Câmara em 2018.
“Não é o Samae que está construindo, não fui eu que decidi fazer. Precisamos disso para melhorar a situação da população. Não fui irresponsável”, diz.
Segundo Machado, houve um projeto de sondagem do solo, feito por empresa terceirizada, e que não foi a mesma que construiu o reservatório. Ele acrescenta que o local passou por uma avaliação de um engenheiro e estava dentro de especificações técnicas e parâmetros de engenharia.
Ele explica que um reservatório de 30 mil litros, que já existia anteriormente, foi substituído por este maior, utilizando a mesma área de superfície, porém mais alto. Machado justifica que esta nova estrutura é importante para a distribuição de água porque a antiga estrutura era deficitária para o tamanho da região.
Em vários momentos, o presidente da Câmara, Ivan Martins (PSD) precisou interromper a sessão para advertir a plateia, por conta de manifestações feitas por moradores da região presentes.
Machado respondeu às críticas de um morador, que se manifestou várias vezes durante a sessão demonstrando insatisfação com a obra e dizendo que o laudo era tendencioso, reforçando que a obra foi feita dentro de todas as normas.
“Estamos no século XXI, não dá mais para acreditar nisso aí. Nem engenheiros, nem aqueles que fizeram sondagem de solo, não iam fazer de forma irresponsável. O medo foi causado por notícias falsas divulgadas nas redes sociais”, ressalta.
Ele acrescenta que o reservatório no Azambuja deve começar a ser utilizado com um terço da capacidade, por sugestão da Defesa Civil.
Durante a sessão, seis vereadores assinaram requerimento para a criação de comissão provisória com o Samae, para checar documentação e local para dar segurança à comunidade.
O vereador Claudemir Duarte, o Tuta (PT), afirma que a população do local não é contra a construção do reservatório, mas quer segurança. Celso Emydio (DEM) reforçou o pedido de apresentação de laudos que acalmem a população da região.
Após o fim da fala de Machado e de questionamento dos vereadores, o morador se manifestou contra a instalação do reservatório, acusando os laudos de que a obra foi feita fora dos padrões do edital.