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Vigilância em Saúde responde vereador sobre aplicação de vacinas BCG e Hepatite B em recém-nascidos de Brusque

Segundo o vereador, mães estariam sendo orientadas a procurar Vigilância Sanitária para agendamento da aplicação dos imunizantes

A Vigilância em Saúde de Brusque respondeu ao vereador Jean Dalmolin (Republicanos), que fez pedido de informação nesta terça-feira, 7, questionando a prefeitura sobre a previsão para normalização da situação e retorno da aplicação das vacinas BCG e Hepatite B em recém-nascidos. O texto foi aprovado por unanimidade.

Segundo o órgão de saúde, além da informação estar incorreta, o questionamento realizado pelo vereador poderia ter sido esclarecido com uma ligação ao secretário de Saúde ou a diretora da Vigilância em saúde, “sem necessidade de levar a informação improcedente para uma reunião de Vereadores”.

“Assim, a referida tribuna da Câmara de Vereadores poderia ter sido otimizada com assuntos pertinentes ao benefício dos cidadãos brusquenses”, disse a Vigilância em Saúde, em nota.

Pedido

Segundo o vereador, as vacinas não não estão sendo aplicadas nos hospitais da cidade logo após o nascimento da criança.

Dalmolin conta que alguns usuários do sistema informaram que as mães estão sendo direcionadas à Vigilância Sanitária para realizarem o agendamento da vacina. A explicação que ele ouviu é que faltam insumos, já que as doses ficam inutilizadas após a abertura das ampolas.

O vereador mostrou estranhamento em relação à explicação, já que acredita que o volume de nascimentos na cidade não é tão grande que poderia causar desabastecimento.

Vigilância em Saúde

De acordo com a Vigilância em Saúde de Brusque, no dia 11 de Maio foi enviado pela Secretaria de Estado de Saúde, o Ofício Circular nº 054/2022/DIVE, cujo teor do ofício “informa as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde sobre a disponibilidade limitada da vacina BCG em razão de dificuldades na aquisição deste imunobiológico pelo nível federal.

Desta forma, desde o mês de abril de 2022, ocorreu uma diminuição do quantitativo de doses encaminhadas aos estados, que deve permanecer pelos próximos meses. Diante desse cenário, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) orientou que as secretarias municipais de Saúde otimizem o uso deste imunobiológico, estabelecendo estratégias de uso racional para evitar o desabastecimento. A orientação era de que fosse realizado o agendamento para aplicação da vacina BCG, tendo em vista que atualmente sua apresentação é multidose e, após abertura do frasco, o uso deve ocorrer em até seis horas.

“É importante centralizar a aplicação em determinados serviços de saúde, como maternidades ou unidades de saúde, garantindo a otimização no uso dos frascos da vacina”, disse o documento emitido pela Dive.

Porém, para que não haja desabastecimento nos serviços de vacinação, o consumo médio mensal da vacina BCG, calculado com base nas doses distribuídas aos estados, será readequado e passará para 500 mil doses por mês. Há previsão de manter esta readequação pelos próximos sete meses. Diante disso, a secretaria destacou a necessidade dos estados de otimizarem e fazerem uso racional desta vacina por este período.

“Dada toda orientação em nível de MS e Dive, esta secretaria realiza a vacina em todas as maternidades deste município, independente de ser morador de Brusque ou não. Ressalta-se que a estratégia de vacinação nas primeiras 24 horas ainda nas maternidades não é uma obrigatoriedade. A diretriz é que a vacina seja realizada em sala de vacina credenciada”, ressaltou a Vigilância em Saúde.

Vacinas em maternidades

Segundo a Vigilância, a estratégia adotada pela prefeitura em vacinar nas maternidades se dá no intuito de promover a cobertura vacinal ideal com o mínimo de evasões.

“Queremos proteger nossos cidadãos que acabaram de nascer. Tanto que o departamento de vigilância epidemiológica aplica a vacina BCG e hepatite no prédio da vigilância nos bebês moradores de Brusque que nascem em maternidades de outros municípios que não utilizam essa estratégia”, informou a vigilância.

Considerando a média de bebês vacinados ao mês, seja 200, e que desta quantidade em média 30 não são moradores de Brusque, o município, seguindo as orientações do estado e MS, adotou a estratégia de vacinar os recém-nascidos moradores de Brusque conforme a disponibilidade de doses.

As visitas diárias nos hospitais foram mantidas de segunda-feira a domingo. Os bebês moradores de Brusque foram agendados para receber a vacina no prédio da vigilância em saúde, já os moradores dos outros municípios foram orientados pela equipe da Vigilância em Saúde a procurarem a vacinação em seu município de origem.

“Nenhuma mãe teve que se dirigir a vigilância sanitária para agendar a vacina. No mês de junho, com a chegada das vacinas mensais do estado, recebemos um quantitativo maior de frascos BCG. Diante disso, na terça-feira, 7, às 11h, já havíamos comunicado a Rede de Saúde”, concluiu a vigilância.


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