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Diretoria do Brusque recua e mantém clube na Divisão Especial

Clube emitirá nota de repúdio contra arbitragem de Edson da Silva e vai acionar o TJD contra o juiz

O Brusque FC segue na disputa da Divisão Especial. Os representantes do clube chegaram a cogitar desistir da competição após a atuação do árbitro Edson da Silva no clássico com o Marcílio Dias. O Marreco vencia a partida por 2 a 1, quando torcedores invadiram o gramado revoltados com a arbitragem do juiz, que expulsou dois atletas do Brusque e marcou dois pênaltis para o adversário. O último não chegou a ser cobrado em razão da confusão.
A decisão de manter o time no campeonato foi tomada na noite desta segunda-feira (16) após uma reunião que contou com presença do presidente Danilo Rezini, o responsável pelo Conselho, Célio Camargo, o diretor de futebol Carlos Beuting e André Rezini. O empresário e patrocinador máster da equipe, Luciano Hang, também participou.
Segundo Beuting, foram levados em consideração todos os efeitos negativos que a decisão poderia causar à imagem do clube, além dos compromissos financeiros já assumidos até o fim de novembro que precisariam ser honrados. “Por mais que você tenha razão, talvez uma atitude desta não seja entendível e traz uma conotação ruim. Tudo pode reverter contra o Brusque. Além disso, fica chato para o nosso torcedor. E temos ainda compromissos com nossos patrocinadores e empenhos até o fim do ano”.
O clube deve publicar entre nesta terça-feira (17) uma nota de repúdio em decorrência da situação de domingo. O quadricolor ainda encaminhará uma denúncia ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) com fotos, vídeos e depoimentos que põem em xeque a atuação de Edson da Silva. “Essa nota é para mostrar o que está acontecendo. Fui em 90% dos jogos e existe uma perseguição muito clara da federação. E domingo foi algo tão ‘escrachado’ que resultou na invasão”, disse.
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Para o diretor de futebol do Brusque, o árbitro do jogo já veio com pré-disposição de prejudicar o clube. “Ele é tão mal intencionado que chegou na partida junto com a Polícia Militar. Sabia que teria problemas e deixou o carro dele na delegacia”, acusou. Beuting ainda questionou a credibilidade da súmula produzida por Edson Silva. O árbitro chegou a anexar um boletim de ocorrência (BO) feito em Itajaí relatando que foi ameaçado de morte em campo por Danilo Rezini  “Um cara que fez o que ele fez diante de 3 mil pessoas, o que não faz sozinho em casa? Porque ele não fez o BO em Brusque se saiu escoltado”, indagou.
O presidente da Comissão de Arbitragem da FCF, Luiz Carlos Espindola, diz que só vai se manifestar sobre as reclamações após receber o relatório dos jogo. Espíndola foi questionado pelo fato de a federação indicar árbitros que tenham ligação com as cidades das equipes envolvidas nos jogos, como já havia ocorrido anteriormente e voltou a acontecer nos dois jogos da última rodada do returno. “A maioria dos nossos árbitros estão apitando partidas do Campeonato Brasileiro. E a CBF tem preferência. Colocamos nos sorteios os árbitros que temos disponíveis. As reclamações sempre vão existir e fazem parte do futebol”, minimiza.