Diretoria do Hospital Dom Joaquim é composta apenas por voluntários desde a fundação
O trabalho voluntário é um dos pilares da história do hospital, atualmente formada por 15 membros
O trabalho voluntário é um dos pilares da história do hospital, atualmente formada por 15 membros
O trabalho voluntário é um dos pilares da história do Hospital e Maternidade Dom Joaquim. Desde a fundação da casa de saúde, há 52 anos, a diretoria é composta apenas por membros voluntários. São eles que tomam as principais decisões relacionadas aos serviços prestados pelo hospital.
A atual gestão é formada por 15 membros. Mensalmente, eles se reúnem junto ao conselho fiscal e ao administrador da casa de saúde para tratar sobre temas como a captação de recursos, a aquisição de equipamentos e o andamento dos serviços. Um dos membros mais antigos da diretoria, o empresário Valdir Schaadt, de 55 anos, iniciou a trajetória no Dom Joaquim em 2003. Ao mesmo tempo, ele também começou a trabalhar como voluntário na igreja matriz da paróquia Santa Catarina, localizada no bairro.
“Eu queria fazer algum trabalho voluntário na igreja. E na mesma época estavam convidando membros pra nova diretoria do hospital, então eu também fui convidado e topei. E desde lá nunca mais sai”, conta.
Para ele, desempenhar o trabalho voluntário é uma forma de agradecer pela saúde e pela vida que tem. Todas as pessoas, afirma Schaadt, deveriam encontrar uma forma para retribuir às conquistas. “É gratificante poder ajudar. Quando eu encontro pessoas no bairro que recebem atendimento pelo SUS no hospital, geralmente elas dizem que o Dom Joaquim não é um hospital, é um hotel. E isso é muito bom, saber que estamos prestando um serviço de qualidade”, afirma.
Um dos objetivos principais da diretoria, segundo Schaadt, é proporcionar atendimento semelhante entre os usuários SUS e os usuários de planos particulares. Para isso, todos os quartos são equipados com televisões, ar-condicionado e móveis de boa qualidade. “92% dos nossos atendimentos são SUS e não tem diferença no trato. Orientamos os nossos profissionais a tratarem igualmente todos os pacientes. Cobramos sempre o mesmo atendimento”, diz.
Pároco da paróquia Santa Catarina, o padre Timóteo José Steinbach é quem preside a diretoria. A função, que desempenha há cerca de três anos, é sempre desempenhada pelo pároco da comunidade. Isso, explica o padre, em decorrência do hospital pertencer à Igreja Católica. Em relação ao voluntariado, o padre valoriza o trabalho de todos os membros.
“É uma generosidade dos membros. Em Santa Catarina, isso é muito comum em relação aos hospitais filantrópicos. Geralmente a diretoria é voluntária. É um trabalho assistencial prestado”, afirma o padre.
Professor aposentado e administrador da casa de saúde há quase dois anos, José Mauro Junglaus recebe salário pelo trabalho desempenhado na função. Porém, em paralelo, ele também atua voluntariamente na diretoria como secretário desde 2012.
“Quando atuava como professor não tinha tempo para me dedicar a algum trabalho voluntário. Encerrei minha carreira e encontrei essa oportunidade aqui na diretoria. O trabalho voluntário é muito importante para o hospital”, afirma.
Hoje, o Dom Joaquim conta com 42 leitos, 42 funcionários e mais de 20 médicos que realizam procedimentos na casa de saúde. Por mês, 1,2 mil pessoas são atendidas no ambulatório. Além disso, 150 procedimentos cirúrgicos e 900 exames de raio-x são executados a cada 30 dias.