Discussão sobre reajuste gera bate-boca na Câmara de Brusque
Marli Leandro e Alessandro Simas trocaram farpas sobre o parcelamento dos reajustes
Marli Leandro e Alessandro Simas trocaram farpas sobre o parcelamento dos reajustes
Houve bate-boca na discussão do projeto que concedeu reajuste aos servidores públicos municipais, votado na sessão extraordinária desta quinta-feira, 24. Marli Leandro, líder do PT, criticou o reajuste parcelado ofertado pelo município.
Ela mostrou um vídeo em que o líder do governo, Alessandro Simas (PSD), havia informado que a prefeitura reservou, no Orçamento de 2016, recursos para conceder reajuste na ordem de 12% a 13%.
“Se já estava previsto de 12% a 13% de reajuste na data-base, isso aqui é justiça social que está se fazendo com os servidores públicos?”, questionou.
Ela criticou, ainda, o Sindicato dos Servidores Públicos (Sinseb), ao dizer que o sindicato “se curvou aos interesses do patrão”. “A proposta é vergonhosa, é chantagem terem levado para depois da eleição”, concluiu.
Dejair Machado (PSD) disse que as palavras da vereadora são para “se promover”, e que ela quis fazer da tribuna um “palanque político”.
“A lei orçamentária estima a receita. Quando o Simas falou que estava no orçamento, realmente estava. Mas a receita pode cair, e é o que está acontecendo”, disse.
Simas reagiu às palavras da vereadora. Disse que reajuste maior faria a prefeitura descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Porque vocês têm um governo federal que não serve pra nada, além de roubar o povo brasileiro”, afirmou, dirigindo-se a Marli.
“Nós vamos cumprir, não vamos fazer como o ex-prefeito, que enganou os aposentados”, afirmou Simas.
Valmir Ludvig (PT) também entrou na roda. “Acho que o sindicato teve dois pesos e duas medidas sim”, discursou.
A Câmara de Vereadores realizou sessão extraordinária para votação e aprovação de projetos de lei que tratam dos acordos entre a prefeitura e o funcionalismo público municipal porque, segundo a lei eleitoral, isso deve estar aprovado até o dia 1º de abril.
Pelo acordo feito com os servidores, ficou retificado pela Câmara que o reajuste dos servidores do Executivo será pago em duas parcelas: 6%, a partir de 1º de março de 2016; e 5,36% a partir de 1º de novembro de 2016. Também foram ratificados os reajustes previstos para o vale-alimentação dos servidores.
Na mesma sessão, foi aprovado também o reajuste dos servidores do Legislativo, do mesmo patamar que os do Executivo, só que pagos de uma vez só. Porém, Ludvig e Marli informaram que irão pedir para receberem também o reajuste parcelado.