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Dívida do Brusque FC tem aumento de quase 300%, mas clube está entre menos endividados

Clube elevou dívida em 2017, porém despesa foi a quarta menor entre os principais clubes do estado

Com o lançamento do balanço financeiro oficial de 2017 no portal da Federação Catarinense de Futebol (FCF), o Brusque revelou que sua dívida teve um aumento de quase 300%. De R$ 29.584 em 2016, o time passou a dever R$ 116.490.

Apesar do considerável aumento dos débitos, o quadricolor ainda está entre os clubes que menos devem no cenário catarinense. Levando em consideração os principais clubes do estado, o Bruscão tem a quarta menor dívida, perdendo apenas de Barroso, com débito de R$ 14.399, Chapecoense, com superávit de R$ 5.235.124 e Avaí, que também terminou o ano no positivo: R$ 5.942.634.

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Já entre os times de estrutura e receita semelhante ao quadricolor – incluindo Metropolitano, Marcílio Dias, Camboriú, Barroso, Tubarão e Hercílio Luz – o Brusque só tem mais dívidas do que o Barroso. Na segunda divisão, o Marinheiro chama a atenção por contar com uma dívida oficial de R$ 8.196.385,4.

Endividamento natural
O balanço financeiro divulgado trata de diversas despesas, como administrativas, de manutenção e com esportes. Foi justamente com o futebol que o clube teve seu maior gasto: de R$ 1,5 milhões em 2016, passou para R$ 2,3 milhões.

Conforme explica o presidente do quadricolor, Danilo Rezini, o aumento das dívidas se deu de forma natural devido à necessidade de investir mais no departamento de futebol. “É uma questão simples de entender. Tivemos investimentos acima do que costumávamos ter, e formamos uma equipe forte que conquistou o quarto lugar do Campeonato Catarinense, além de boa campanha na Copa do Brasil”.

O investimento em 2018 foi ainda maior, chegando a uma folha mensal, somente para a equipe profissional, de R$ 250 mil. Contudo, dessa vez, o resultado não veio. “São coisas do futebol. Investimos muito em alguns atletas, e os que tinham os principais salários precisaram ser dispensados. Não rendeu. Agora na Série D, com uma folha 50% menor, montamos uma equipe mais competitiva”, diz.

O clube também participou de duas competições a mais em 2017, a Copa do Brasil e a Copa Santa Catarina, contando com atividades no futebol profissional durante praticamente o ano todo.

A verba de publicidade, ou seja, dos patrocinadores do Brusque, aumentou consideravelmente de 2016 para 2017. Se há dois anos o clube recebeu R$ 1.760.849, no ano anterior conseguiu captar R$ 2.550.550.

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O presidente afirmou que foi uma solicitação que ele mesmo fez aos parceiros para seguir dirigindo o clube. “Eu queria me ausentar por questões familiares, chegamos a procurar um novo presidente, mas ninguém mais assumiu. Portanto solicitei esse aumento na receita, que foi acatado. Muitos patrocinadores pediram minha permanência”, explica.

O clube encaminha, mensalmente, o balanço financeiro como forma de prestação de contas para os patrocinadores oficiais. Conforme explica Rezini, houve também um acordo jurídico para que as dívidas trabalhistas sejam quitadas, e mensalmente são pagos valores referentes ao acordo.

Para Rezini, estar entre os times com menos dívidas no estado é merito da diretoria. “Estamos conseguindo fazer milagre ainda, como se diz na gíria. Cerca de 80% dos clubes no Brasil estão com seus caixas estourados. Diante desta realidade ainda estamos em uma situação controlada”.

Balanço financeiro do Brusque em 2017

 

Balanços dos principais clubes de Santa Catarina em 2017*

 

*O Internacional de Lages não publicou seu balanço até a data desta publicação