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Do Monthez ao pavilhão: presidente da Ampebr faz balanço das 70 edições da Pronegócio

Primeira edição da rodada de confecção foi realizada em 1997

Começou nesta semana a 70ª edição da Pronegócio, a maior rodada de confecção do Brasil, realizada pela Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região (Ampebr). Celebrando uma edição especial, o presidente da associação fez um balanço das mudanças realizadas no evento ao longo dos anos. Neste ano, a rodada de negociações ocorre de 13 a 16 de maio.

Conforme Mauro Schoening, a Pronegócio teve vários marcos, entre eles, a mudança da realização da rodada no hotel Monthez partindo para o pavilhão da Fenarreco. “Nesse período, as rodadas eram feitas em malas, até que com a mudança para o pavilhão, foram substituídas por araras”.

A implantação de araras permitiu que houvesse mais agilidade no processo de negociação e avaliação de peças pelos clientes. “E agora que estamos na 70ª edição, faz uns dois anos, tivemos um grande avanço com o agendamento feito via QR code“, explica.

A partir da implantação, os próprios clientes fazem o agendamento no QR code da empresa que os interessa, que é acionada. “Ele mesmo escolhe qual a empresa que ele quer que venha lhe atender”. Demais alterações também foram realizadas nas araras, que antes tinham uma dimensão menor e agora são mais altas para melhorar a visualização das peças.

Vitor Souza/O Município

Entretanto, as mudanças não ocorreram apenas nas rodadas, mas também no tradicional desfile. O evento era realizado na Sociedade Esportiva Bandeirante, mas deixou o local por tratar-se de um espaço com capacidade considerada inferior.

“Então, a partir dos dez anos para cá, começamos a fazer no Santos Dumont, e o desfile hoje contempla mais ou menos umas 500 pessoas. São 250 compradores e 250 por aí são convidados, autoridades e fabricantes”, diz o presidente.

Mauro ainda ressalta que é no desfile que o cliente vê a peça viva no manequim. “E aí, no outro dia, eles começam a chamar aquela empresa para fazer negociações. Então, é muito importante termos o desfile”.

Vendedor caminha pelo pavilhão com araras de roupas até cliente | Vitor Souza/O Município

Primeira edição

A primeira rodada da Pronegócio ocorreu em 1997 e reuniu 67 fabricantes. Na edição de número 70, o número é de aproximadamente 150 fabricantes catarinenses. O evento ainda deve reunir 650 compradores de todo o Brasil.

Alguns anos depois, na sexta edição da rodada, em 2000, o evento migrava de local e então passava a ser realizado no Hotel Monthez. Sete anos depois, a Ampebr entrava para a história ao confeccionar a maior camiseta do mundo.

Retrato de 2007 divulgado pela Ampebr sobre a maior camiseta confeccionada no país | Vitor Souza/O Município

A realização da rodada no pavilhão da Fenarreco chega somente durante a 22ª edição da Pronegócio, isso, no ano de 2008. Em 2018, dez anos depois, a organização abriria as portas do local para receber clientes internacionais com a “1ª Rodada Internacional”.

Na edição seguinte, a Ampebr celebrava 50 edições da maior rodada de confecção do Brasil.

Possível comprador avalia peças expostas no showroom da Pronegócio | Vitor Souza/O Município

Pronegócio na pandemia

De todas as edições realizadas, Mauro Shoening enfatiza que o momento mais delicado foi durante a pandemia da Covid-19, em 2020. “Nós sofremos muito porque o nosso evento é 100% presencial. O cliente tem que estar presente”.

Neste período, a Pronegócio foi adaptada, assim como todos os outros serviços, para o meio digital. “Houve a Pronegócio Web. Nós chegamos a fazer videochamadas e tentamos colocar o cliente de frente com o fabricante. Foram realizadas duas webs e tivemos sucesso na época. Depois fomos avançando, foi passando a pandemia e conseguimos então voltar ao presencial”.

A Pronegócio Web reuniu 150 empresas fabricantes e 600 compradores de todo o Brasil.

Clientes e vendedores negociam compras na rodada | Vitor Souza/O Município

Geração de empregos

Segundo Schoening, a rodada foi o evento de sucesso da Ampebr. Uma grande preocupação da entidade na realização da feira é a geração de empregos que ela proporciona.

“Com essas negociações, geram vendas e geram pedidos. Esses pedidos, depois, formam toda a cadeia de trabalho. O importante para a nossa entidade, o importante para o nosso município, o importante para o nosso estado, é a gente gerar emprego, fazer com que tenhamos movimentação.

Em celebração às 70ª edições da Pronegócio, empresas que estão desde o começo da história da rodada de confecção serão homenageadas.

Vitor Souza/O Município

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