Doações ajudam a manter mobilizações em três rodovias de acesso a Brusque

Motoristas contam com moradores e empresários para abastecimento de água e comida

Doações ajudam a manter mobilizações em três rodovias de acesso a Brusque

Motoristas contam com moradores e empresários para abastecimento de água e comida

O quinto dia de mobilização de caminhoneiros pelo país manteve iniciativas locais. Como confirmado pela Polícia Rodoviária Estadual, pontos de concentração nas rodovias Pedro Merizio, Antônio Heil e Ivo Silveira foram mantidos. Nesta última, além das concentrações, o fluxo do trânsito era intercalado entre as pistas por alguns minutos.

A medida é defendida por integrantes do grupo como uma forma de despertar a atenção dos diferentes setores para os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis. “A culpa disso tudo não é dos motoristas, é do governo. A proposta deles é uma esmola, querem levar com a situação com a barriga”, defende o empresário Fernando Rosário.

Apoiador da mobilização, ele destaca o peso dos custos com combustíveis e trasportes para os outros setores da economia. Outro ponto destacado por ele é o retorno recebido com investimentos na melhoria das autoestradas, consideradas precárias por ele.

Por meio ano, ele tentou se dedicar ao setor dos transportes. Durante todo o período, registrou prejuízos e decidiu abandonar o segmento para se dedicar à marcenaria. “Tentei, mas não tinha condições. Foram seis meses que quase passei fome”.

Proposta baixa

O motorista autônomo, Rafael Bastiani, acompanha as mobilizações desde o primeiro dia. De acordo com ele, o controle do fluxo nas rodovias é intensificado nos horários de pico e não descumpre as orientações da Polícia Rodoviária.

Para amenizar as dificuldades da mobilização, materiais transportados pelos caminhoneiros entre os grupos, suprem as demandas por água e comida dos grupos. Já a comunicação entre os motoristas é feita via Whatsapp ou repassadas entre eles.

Ele ressalta a ajuda de moradores e empresários próximos aos pontos de concentração dos grupos. Apesar de critica a falta de apoio de outras entidades nos primeiros dias de mobilização, reconhece a influência do debate em diferentes setores da economia. Para o grupo se manter nos locais, doações de apoiadores à causa amenizam as necessidades.

Segundo Bastiani, apesar dos possíveis transtornos, manter as concentrações em diferentes pontos foram a forma encontrada para evitar que os debates sobre o tema se dispersem e o movimento perca adesão.

Na avaliação dele, a proposta de 10% de redução dos preços do diesel por 30 dias ainda é distante das demandas da categoria. “Eles tinham que apresentar, pelo menos 25% para começar a negociar ou não é negócio”.

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