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Dois homens são condenados por assassinato de amigo

Ambos foram julgados nesta sexta-feira, 20, e receberam a pena de 12 anos de prisão

Carlos Alexandre Barbosa de Lima e Paulo Otávio Pacheco foram condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato de Kleyton Reis, no dia 8 de março de 2013. Eles foram julgados nesta sexta-feira, 20, na Vara Criminal da Comarca de Brusque, por homicídio.

Durante o julgamento, os dois acusados apresentaram versões opostas. Pacheco alegou que conhecia Lima de longa data, há aproximadamente 10 anos, e que levou de carro ele, a vítima e um adolescente, que seria seu cunhado na época, até o Morro da Lajota, no bairro Bateas, porém não participou do crime e nem sabia das intensões de assassiná-lo.

Depois de algum tempo esperando na entrada do morro, seu cunhado, que era conhecido como Japinha, desceu com a roupa ensanguentada, acompanhado de Lima. Segundo Pacheco, ele só ficou no local pois o carro tinha ficado atolado na lama e precisou pedir ajuda. Nesse meio tempo, ele ouviu apenas um disparo. Quando conseguiu retirar o veículo do local, Japinha voltou junto com ele para casa e confessou que havia matado Reis por causa de uma briga antiga.

Lima negou a participação no crime, afirmou que conhecia Pacheco há pouco tempo, contrariando o outro acusado, e que não tinha vendido uma arma para a vítima, mesma que teria provocado sua morte. Em seu depoimento, ele afirmou que era amigo do cunhado de Pacheco e que não sabia das intenções de matar Reis.

O júri popular iniciou às 8h até as 17h, foi conduzido pelo juiz Edemar Leopoldo Schlösser, da Vara Criminal de Brusque, e a acusação foi feita pela promotora de Justiça Maria Fernanda Steffen da Luz Fontes. Lima foi julgado por homicídio qualificado, por não dar chance de defesa à vítima. Já Pacheco era acusado do mesmo crime, sendo duplamente qualificado, por motivo fútil e pela impossibilidade de defesa.

Caso

O crime aconteceu na madrugada de 8 de março, quando Lima, Pachedo e um adolescente, foram até o Morro da Lajota, no bairro Bateas, e assassinaram Kleyton Reis. De acordo com a investigação, a vítima era amigo dos agressores e foi com eles até o local para testar uma arma de fogo, que tinha acabado de comprar. O corpo dele foi encontrado cinco dias depois, em avançado estado de decomposição, o que impediu que o Instituto Geral de Perícias (IGP) pudesse identificar exatamente qual arma havia sido utilizada para matá-lo.

Na noite do crime, Reis tinha ido a uma festa na casa de Pacheco, na rua José Cunha, no bairro Nova Brasília. Lima negociou a venda de uma arma, possivelmente um revólver calibre .32 ou 38, e com isso, ele, Pacheco e Japinha levaram a vítima até um local ermo no Morro da Lajota com a intensão de testá-la.
Segundo o inquérito policial, tudo havia sido planejado pelos três jovens por ciúmes, já que Pacheco era companheiro de Karen e Reis teve um relacionamento amoroso com ela no passado e teria “ficado” novamente duas semanas antes do homicídio. Com isso, eles teriam fingido uma amizade, convidando a vítima a frequentar festas em sua casa.

Segundo o laudo cadavérico, não foi possível identificar quantos disparos Reis levou naquela noite, mas os peritos encontraram também lesões lineares, possivelmente causadas por uma faca.