Dois meses após retorno do transporte coletivo em Brusque, movimento ainda é baixo
Artur Klann, diretor da Santa Luzia Transportes e Turismo, diz que população ainda tem receio
Artur Klann, diretor da Santa Luzia Transportes e Turismo, diz que população ainda tem receio
Dois meses após o retorno do transporte coletivo em Brusque, o movimento ainda é baixo, segundo o diretor da Santa Luzia Transportes e Turismo, Artur Klann.
Os ônibus voltaram a circular no dia 24 de agosto e, desde então, operam com uma série de restrições, inclusive a da capacidade. Klann afirma que a demanda ainda não alcançou nem 50% do que era anteriormente. Ele avalia que a situação também se dá porque alguns usuários, como os estudantes, ainda não estão precisando utilizar o serviço.
Além do mais, o diretor percebe que as pessoas ainda têm receio de saírem de casa e até mesmo andarem de ônibus.
Com o movimento baixo, a utilização do transporte é considerada “tranquila” pelo diretor da concessionária. Ele afirma que todas as normas de segurança estão sendo respeitadas e que os usuários estão sendo compreensíveis.
A diarista Idalete Fuzon, moradora do bairro Limeira Alta, em Brusque, três vezes na semana pega o ônibus para trabalhar. Com as mudanças devido à pandemia, agora ela precisa caminhar 20 minutos até o ponto, porque o transporte não chega mais próximo à casa dela.
A moradora diz que só não gosta da parte dos horários, que ficaram mais restritos. Quanto às normas de segurança, Idalete afirma que não tem o que reclamar. Ela afirma que se sente segura usando o transporte público.
Nadir e o filho, Bruno, moram no bairro Cedro Alto. Eles quase não utilizam o transporte. Bruno conta que cerca de uma vez ao mês ele e a mãe andam de ônibus.
Com relação às restrições devido ao novo coronavírus, Bruno diz que está “tranquilo”. Ele comenta que às vezes o ônibus está “cheio”, mas respeitando as normas, embora aconteça de um usuário ou outro não utilizar a máscara corretamente.
É pela baixa procura que o serviço ainda está operando com linhas reduzidas desde o retorno. Klann diz que a intenção é voltar a operar com toda a capacidade, porém ainda não é possível porque é preciso manter o serviço sustentável.
A volta de todas as linhas depende do andamento da pandemia. A empresa mantém o serviço operando em partes para ter como arcar com os custos operacionais.
Para ajudar com a situação, a empresa pediu um auxílio financeiro para a Prefeitura de Brusque. Em agosto a Santa Luzia Transportes e Turismo pediu apoio de R$ 1,4 milhão. No entanto, o valor está sendo revisto pela concessionária. Serão contabilizados todos os meses, inclusive os após a retomada.
“Algumas coisas já foram protocoladas, mas nada definido ainda para que a gente possa falar”, comenta o diretor.