Doze tartarugas são encontradas mortas em praia de Barra Velha

Animais foram encontrados em uma rede de pesca irregular

Doze tartarugas são encontradas mortas em praia de Barra Velha

Animais foram encontrados em uma rede de pesca irregular

Doze tartarugas foram encontradas mortas na tarde desta terça-feira, 16, na Praia da Barrinha, em Barra Velha. Os animais foram recolhidos pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), mantido pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

De acordo com a entidade, todos os animais eram juvenis da espécie Chelonia mydas, a tartaruga-verde, que são comuns nas praias de Santa Catarina.

Uma tartaruga foi deslocada ainda com vida e passa por tratamento veterinário na Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, em Penha. Segundo exame de admissão, apesar do bom escore corporal, alguns sinais clínicos no sistema respiratório evidenciavam as complicações geradas pelo afogamento devido ao aprisionamento no petrecho.

Ainda segundo a entidade, os animais foram removidos de uma rede de pesca irregular armada próximo à praia, o que, de acordo com ela, torna suscetível a captura acidental de espécies não alvo da pescaria. “Moradores notaram a presença das tartarugas emalhadas e fizeram a remoção delas”, conta.

Outros animais encontrados vivos foram soltos e devolvidos ao mar no momento da remoção. Já as 12 carcaças mortas e uma viva foram levadas até a praia para o recolhimento e o resgate feito pela equipe técnica do PMP-BS.

Atendimento e coletas

O projeto informou que a tartaruga encontrada viva foi prontamente atendida pela equipe de médicos veterinários e tratadores. No exame externo, a equipe observou algumas marcas lineares e constritivas compatíveis com rede de pesca na área dorsal do pescoço e na nadadeira peitoral.

A tartaruga recebeu medicação adequada ao quadro clínico e passará pelos cuidados da fase de estabilização, até que suas condições de saúde permitam o deslocamento para a instituição responsável pela reabilitação e soltura na natureza.

Além disso, todas as carcaças passaram por coleta de dados biométricos para identificação da espécie. “As tartarugas registradas mortas passarão por exame de necropsia, uma análise minuciosa dos órgãos para identificação de lesões viscerais que podem comprovar a morte por afogamento”, detalha.

Carcaça de tartaruga encontrada durante coleta. | Foto: Equipe técnica PMP-BS/Univali

“Dependendo do estado de integridade interna das carcaças, a equipe realiza a coleta de amostras biológicas para exames complementares, como análises histopatológicas, para confirmar possíveis alterações a nível celular”, finaliza.

Os resultados dos exames anatomopatológico, com considerações sobre as condições externa e interna da carcaça, assim como os achados histopatológicos serão divulgados após o processamento das análises, devem ser concluídos em torno de 30 dias.

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