Dr. Jonas, candidato que substituiu a candidatura de Ciro Roza no PSB, explica suas propostas

"Hoje a saúde está abandonada", afirma Dr. Jonas

Dr. Jonas, candidato que substituiu a candidatura de Ciro Roza no PSB, explica suas propostas

"Hoje a saúde está abandonada", afirma Dr. Jonas

O médico Jonas Oscar Paegle, o Dr. Jonas, já foi vereador por duas vezes, e também atuou no Executivo durante a gestão Ciro Roza. Essa ligação antiga entre os dois, aliás, foi fundamental para que hoje ele seja o candidato do PSB à Prefeitura de Brusque.

Depois que a candidatura de Roza foi impugnada pela Justiça Eleitoral, poucos dias depois Dr. Jonas foi anunciado como substituto. Ele, que no início da campanha era candidato a vereador, afirma que já esperava por isso.

“Devido a essa guerra da oposição, nós já sabíamos que o Ciro tinha várias ações. E com esse pessoal contrário, já havia uma certa desconfiança de que surgiria algum fato surpresa, e realmente aconteceu”, afirma.

Nessa entrevista, ele fala de algumas de suas propostas, caso seja eleito, e leva a maior parte das respostas para a saúde, área em que atua há décadas.


Os problemas da saúde

Para Dr. Jonas, a saúde é a área mais deficitária da prefeitura, atualmente.

“Hoje a saúde está realmente abandonada, no sentido precário, de muita burocratização na marcação de exames, demora para fazer exames especializados, como ressonância, tomografia, e cirurgias importantes. Vejo isso como uma situação grave e séria”, avalia.

Ele diz que, hoje, a população vai do posto de saúde para o Hospital Azambuja, e vice versa, e não consegue ter seus problemas resolvidos. “E fica tempo esperando ser chamado para fazer o procedimento especializado”, completa.

O candidato aponta como medida para melhorar o atendimento desburocratizar o sistema de saúde.

“O médico existe, o que falta é uma determinação e uma coordenação maior na marcação de exames e cirurgias, falta uma logística diferente, moderna, mais abrangente”, avalia.

Para ele, há hoje uma barreira entre o profissional de saúde e o paciente. “Tem pessoas ali que não estão cumprindo sua função de interligar o paciente ao profissional de saúde, falta integração entre a saúde e a população”.


Finanças da prefeitura

Questionado sobre como administrar a prefeitura com poucos recursos, como é o cenário atual, Dr. Jonas novamente cita o sistema de saúde como exemplo.

Ele diz que resolver a situações em tempos de vacas magras requer “boa vontade”. “O déficit financeiro pesa, mas eu creio que se tiver um pouco mais de boa vontade, se resolve as situações pendentes”.


O papel de Ciro Roza

Questionado sobre o papel que o ex-prefeito Ciro Roza teria em seu governo, Dr. Jonas não mede elogios. Diz que Roza tem bastante experiência e que, se assumir a prefeitura, irá “determinar para cada secretaria profissional especializado”.

“Não adianta colocar na saúde uma pessoa que não conhece o ramo médico, não adianta colocar para tocar obras pessoa que não tem experiência, tem que escolher bem e colocar pessoas certas no lugar certo”, afirma.

Sem confirmar nada, Dr. Jonas dá a entender que Roza, caso ele seja eleito, deverá ser nomeado para alguma secretaria.

“A gente sabe que o Ciro tem uma experiência grande em administração, em tocar obras, vai nos ajudar a administrar a cidade na parte de construção, pavimentação, de levar a Beira Rio até Itajaí”.

Por fim, Dr. Jonas diz que Roza “conhece muitas coisas”, e “é para ter um papel fundamental na administração da cidade”.


Segurança pública

O candidato do PSB diz que hoje o principal problema da segurança pública no município é o baixo efetivo policial e de viaturas. Afirma que o estado tem de ser pressionado a dar uma cobertura maior para Brusque.

Também citou o projeto que já havia sido adiantado por Roza, de colocar câmeras de monitoramento nas entradas e saídas da cidade.


Moradores de rua

Dr. Jonas diz que o aumento do número de moradores de rua não é uma prerrogativa exclusiva de Brusque, mas que tem acontecido em outras partes do estado.

Sua estratégia, se eleito, é monitorar a quantidade de pessoas vivendo nas ruas, por meio da Secretaria de Assistência Social, para saber qual é o número de pessoas vivendo nesta situação e encaminhá-las para programas habitacionais.


Trânsito e mobilidade

Para o candidato, é preciso que seja feito com urgência uma avaliação completa do trânsito e da mobilidade urbana de Brusque, para promoção de mudanças que visem minimizar os engarrafamentos.

“Vamos enfrentar esse problema fazendo um estudo, trazendo pessoas especializadas para fazer uma análise, um levantamento aéreo de fluxo e demanda, catalogar o número de veículos que trafegam em determinadas ruas e momentos”, explica Dr. Jonas.

Ele afirma que, com esse levantamento em mãos, há necessidade de começar um planejamento mais efetivo para enfrentar o problema da mobilidade reduzida. Segundo ele, esse plano seria “orientado por pessoas experientes que administram o trânsito em cidades maiores do que Brusque”.


Vagas em creche

Para contornar o grande déficit de vagas em creche em Brusque, o candidato do PSB afirma que pretende ampliar as creches já existentes e, assim como falou seu antecessor, Ciro Roza, retomar a ideia das creches domiciliares, em residências de pessoas da comunidade.

“Elas são importantes, esse tipo de creche é muito mais aconchegante para a criança, é muito importante esse efeito psicológico”, justifica o candidato.


Reforma administrativa

O candidato afirma que a prefeitura tem uma folha de pagamento muito alta, e que isso precisa ser ajustado. Ele não adianta que mudanças pretende fazer na estrutura administrativa da prefeitura, mas diz que sua meta é dar mais agilidade aos serviços internos e diminuir o número de funcionários.

“A gente não sabe ainda como se encontra lá dentro, tem que ter contato com os servidores públicos para ver a real situação”, afirma.

Dr. Jonas afirma que atualmente existe uma espécie de torre de babel partidária na prefeitura. “Existe gente de vários partidos, e cada um beligerando entre si. Com isso, quem está perdendo é a comunidade”, discursa.

“Brusque parou, em função dessa beligerância dentro da prefeitura entre os funcionários. Com esse faz ou não faz, um deixa para o outro, a parte administrativa paralisou”.


Confira entrevista na integra:

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