O ano de 2020 oficialmente começou para todos nós e me sinto imensamente feliz em retomar as atividades e minha “missão” aqui com vocês. Hoje, especificamente, vou falar de um assunto que se repete sempre que a época de férias coletivas acontece: Afogamentos. Eu mesma, em alguns bons anos como pediatra, atendi no mínimo uma dezena de afogamentos em crianças, e a grande maioria em estado grave.
Infelizmente, ao contrário do que se pensa, não são grandes descuidos ou grandes ausências familiares que fazem as crianças se afogarem, a grande maioria delas inclusive está junto no momento em que o afogamento acontece.
Vamos aos números:
* 55% das crianças menores de 1 ano afogam-se na banheira;
* Entre 1 a 4 anos, 56% em piscinas desprotegidas;
* Entre 5 e 14 anos, 63% afogam-se em piscinas ou águas abertas, como rios, lagos, represas e canais.
O que podemos extrair desses números: afogamento é um acidente grave, altamente evitável e que ocorre em qualquer idade!
Mas qual a melhor forma de prevenir? Como sempre digo e repito para todos os meus pacientes: antecipando todo e qualquer desastre. Isso quer dizer que, se tem balde, banheira, piscina, rio ou lago por perto, não se descuide.
Quando tem muita gente envolvida, anuncie no grupo quem de fato está cuidando e olhando as crianças. Cerque piscinas ou qualquer outro local com água próximo à sua casa. Assim que possível, ensine lições de natação ao seu filho.
Em praias, fique próximo a um posto salva vidas. Não nade com eles em águas turvas e, definitivamente, não tire os olhos deles!
Para todo e qualquer acidente, seja doméstico ou não, um segundo de descuido é suficiente.
E vale alertar aos pais de adolescentes: bebidas alcoólicas estão envolvidas na maioria dos afogamentos desta idade, portanto, cuidado redobrado.