Duas arquidioceses novas: Joinville e Chapecó
A História do Estado de Santa Catarina tem uma presença marcante, desde o início, do trabalho da Igreja Católica. Essa presença se faz mais atuante com a instituição da Diocese de Florianópolis, em 19 de março de 1908, desmembrada da Diocese de Curitiba. Seu território passou a ser todo o Estado de Santa Catarina. Em […]
A História do Estado de Santa Catarina tem uma presença marcante, desde o início, do trabalho da Igreja Católica. Essa presença se faz mais atuante com a instituição da Diocese de Florianópolis, em 19 de março de 1908, desmembrada da Diocese de Curitiba. Seu território passou a ser todo o Estado de Santa Catarina. Em 17 de janeiro de 1927, o Papa Pio XI a elevou a Arquidiocese. Em 1908 era uma Igreja diocesana. Agora são 10: Florianópolis (1908), Joinville (1927), Lages (1927), Tubarão (1954), Chapecó (1958), Caçador (1968), Rio do Sul (1968), Joaçaba (1975), Criciúma (1998) e Blumenau (2000).
O Papa Francisco, no dia 5 do mês corrente, criou mais duas Arquidiocese novas. São as dioceses de Joinville e Chapecó que foram elevadas a Arquidioceses. O bispo de Joinville, dom Francisco Carlos Bach e o bispo de Chapecó, dom Odelir José Magri, foram nomeados os primeiros arcebispos metropolitanos.
As mudanças fazem parte da reorganização da Igreja no Estado de Santa Catarina. Antes, havia só uma arquidiocese, a de Florianópolis, criada em 1927, que formava uma província eclesiástica com todas as outras dioceses do estado que lhe eram sufragâneas.
Agora, o Estado tem três arquidioceses e três províncias eclesiásticas: Joinville com as dioceses de Blumenau e Rio do Sul; Chapecó com as dioceses de Joaçaba, Caçador e Lages; e Florianópolis com as dioceses de Tubarão e Criciúma. A título de explicação, é bom lembrar o que significa o status de Província Eclesiástica? “Uma província eclesiástica é uma organização de dioceses próximas, com sede na arquidiocese metropolitana, para promover ações pastorais comuns. As dioceses da mesma província têm as mesmas tradições religiosas e culturais que facilitam seu trabalho”.
É bom salientar que cada Bispo, em união com o Papa, é o único responsável por sua diocese. É o responsável por toda a vida e as atividades de toda da diocese. Portanto, “embora o arcebispo metropolitano presida a província eclesiástica, ele não tem nenhum poder de governo nas dioceses sufragâneas. O Código de Direito Canônico diz que ele tem a responsabilidade de vigiar pela disciplina eclesiástica, visita canônica em caso de omissão do bispo sufragâneo e designar administrador diocesano nos casos previstos pelo direito canônico”.
“O próximo passo agora é a cerimônia de instalação nas sedes das novas arquidioceses. A cerimônia inclui uma missa solene, a leitura do decreto pontifício e a posse oficial dos novos arcebispos. Além disso, no próximo dia 29 de junho, solenidade de São Pedro e São Paulo, dom Francisco e dom Odelir receberão o pálio arquiepiscopal das mãos do papa Francisco, numa celebração no Vaticano, simbolizando a comunhão das províncias com a Igreja de Roma”. (Cfr. ACIdigital, 05 de novembro de 2024)
Certamente, essa nova configuração na estrutura e organização da Igreja Católica, no Estado de Santa Catarina vai auxiliar nas várias frentes de atuação e trabalhos apostólicas, no anúncio e testemunho da Boa Nova do Reino de Deus.