Duas obras são embargadas em Brusque nesta segunda-feira
Locais não apresentavam condições de saúde e higiene para os operários
Locais não apresentavam condições de saúde e higiene para os operários
Duas obras foram embargadas na manhã desta segunda-feira, 10, em Brusque, após vistoria realizada em conjunto entre Vigilância Sanitária e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e Região (Sintricomb).
As construções interditadas são de casas geminadas no bairro Dom Joaquim. De acordo com o presidente do sindicato, Izaias Otaviano, o embargo das duas obras foi necessário devido à falta de estrutura para os trabalhadores.
Segundo ele, os operários das duas obras não tinham uma área de vivência adequada, como exige norma da categoria. “Não tinham banheiro adequado e nem água potável no ambiente de trabalho. As empresas têm que entender que é preciso seguir regras. Em qualquer outra categoria existem normas. Já alertamos anteriormente, fizemos diversas reuniões sobre o assunto, mas não adiantou”, diz.
O presidente do sindicato explica que essas duas obras já haviam sido visitadas anteriormente. Foi dado um prazo para as empresas se adequarem e oferecerem condições adequadas aos trabalhadores, porém, isso não ocorreu.
Desta forma, foi encaminhada denúncia para a Vigilância Sanitária e também para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), que são os órgãos que têm o poder de interditar a obra.
“O sindicato vai, faz a vistoria, bate foto das irregularidades, dá um prazo para regularização. Se isso não acontece, encaminha denúncia para os órgãos competentes”.
De acordo com ele, a partir de agora, as empresas deverão cumprir todas as exigências e, só então, poderão voltar a trabalhar no local.
Esta foi uma das primeiras fiscalizações realizadas neste ano. Segundo Otaviano, a ação conjunto envolvendo os diversos órgãos do setor, será frequente. “Com esse trabalho queremos colocar a construção civil de Brusque no patamar que ela merece. Não podemos aceitar que ainda nos dias de hoje as pessoas tenham que trabalhar sem condições mínimas de higiene e saúde”.