É seguro comer peixes pescados no rio Itajai-Mirim, em Brusque?
Fundação do Meio Ambiente e Samae se manifestaram sobre o questionamento
Fundação do Meio Ambiente e Samae se manifestaram sobre o questionamento
Na última semana, um brusquense pescou no Itajaí-Mirim um peixe conhecido carpa-capim que pesava 18 quilos. Assim como Manoel Siqueira, muitas pessoas têm a tradição da atividade no maior rio da cidade.
A preocupação, porém, é se os peixes podem fazer mal caso ingeridos, já que o rio Itajaí-Mirim tem um histórico longo de problemas de poluição.
Superintendente da Fundação do Meio Ambiente (Fundema), Ana Helena Boos explica que o órgão não realiza análise dos peixes do rio Itajaí-Mirim e nem tem equipe capacitada para isso. Por outro lado, ela diz que, a princípio, se alimentar desses animais não representa risco à saúde.
“Isto fica complicado de se atestar, pois não temos como saber que carga tem presente no rio no momento que o peixe foi pescado ou até mesmo o local que ele foi pescado. Precisaria de uma análise laboratorial para essa certificação”.
Diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Luciano Camargo relata que costuma pescar e se alimentar com os peixes que captura, sem problema algum.
Ele explica que os principais metais que podem contaminar a carne e levar risco à saúde praticamente são inexistentes nos rios e na redondeza. “Temos estudo da água a cada seis meses e esses metais pouco se apresentam e, quando sim, em quantidade mínima”, diz.
Além disso, peixes do rio como carpa, cará, tilápia, traíra, são de ciclo de vida médio-curto, que é o indicado para alimentação em rios como o nosso.
“Temos problema de saneamento, mas eu, como técnico de meio ambiente e biólogo, não vejo mal algum em se alimentar com esses peixes”.
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