Ecobarreiras de menor porte devem ser instaladas ainda neste ano no rio Itajaí-Mirim

Projeto passará por mudanças para evitar que lixo seja levado com as chuvas fortes

Ecobarreiras de menor porte devem ser instaladas ainda neste ano no rio Itajaí-Mirim

Projeto passará por mudanças para evitar que lixo seja levado com as chuvas fortes

A ecobarreira que estava instalada no rio Itajaí-Mirim e foi retirada para evitar o rompimento devido às fortes chuvas passará por mudanças. Agora o projeto contará com a ajuda da Fundema e Secretaria de Obras. Além disso, as barreiras devem ser instaladas nas saídas de galerias e ribeirões e a estimativa é de que elas retornem ainda este ano. Outras alterações também estão sendo estudadas.

O diretor da Defesa Civil, Carlos Alexandre Reis, diz que o órgão agora está focado no projeto Educar para Prevenir, mas acredita que as ecobarreiras de menor porte devem ser instaladas ainda este ano. “É algo muito importante para o município”.

“Estamos fazendo um novo projeto, que por enquanto não vamos divulgar até mesmo pelo custo dele, para fazer a contenção no próprio rio Itajaí-Mirim”, diz Reis.

Segundo ele, a Defesa Civil e a Fundema já estão realizando conversas sobre o projeto e só falta definir os detalhes para confeccionar as barreiras e instalá-las.

Cristiano Olinger, diretor da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), diz que outro fato que incentivou a decisão de instalar as ecobarreiras na saída das galerias foi a logística para recolher o material no meio do rio. “Dessa forma fica às margens e não chega ao rio principal. Queremos colocar em pontos que o acesso seja fácil além da logística de manutenção e limpeza”, explica.

Quanto às demais alterações, Reis diz que por enquanto elas estão em fase de testes e por isso não serão divulgadas. “Queremos fazer testes para não acontecer como na última, que fizemos a instalação e uma semana depois veio uma chuva forte e infelizmente estragou a barreira”.

Olinger diz que inicialmente as ecobarreiras serão instaladas em alguns pontos para avaliação do volume do lixo e se a limpeza deverá ser assídua ou esporádica. “Queremos colocar em alguns pontos para controlar e ver como funciona essa dinâmica”, esclarece.

Parcerias

Olinger diz que já conversou com a Secretaria de Obras para que no dia do recolhimento do material seja possível ter uma caminhão para colocar o lixo. “Marcaremos uma reunião para ver como vai proceder”.

Reis explica que, durante as conversas entre as entidades, foi levantada a hipótese de fazer uma parceria com um reciclador de lixo para que ele possa dar o destino correto aos materiais que serão recolhidos com as ecobarreiras. “Estamos vendo a parceria, não temos nenhuma fechada ainda, para não ter perigo de apenas mandar para o aterro sanitário ou algo dessa forma”.

Até o momento, Reis não sabe estimar quantas barreiras serão instaladas. Será feita uma avaliação do material que eles possuem hoje para ver quantas estruturas conseguirão criar e quanto custará. “Como a primeira foi custeada apenas com doação, essas de pequeno porte nós queremos terminá-las e fazer da mesma forma. Sabemos que custa algum dinheiro, mas vamos em busca de parceiras por ser um benefício para todos”, diz.

Ele ainda explica que caso seja necessário abrir uma licitação para buscar o material necessário para criação das novas ecobarreiras, talvez não haverá tempo hábil para instalação ainda neste ano.

Primeira barreira

A ecobarreira foi instalada no rio Itajaí-Mirim, próximo à ponte estaiada Irineu Borhnsausen no dia 21 de maio. Foram utilizados galões, rede e cordas para produzir a barreira. Até então, o comprimento era de uma margem à outra.

No entanto, poucos dias depois ela precisou ser retirada por conta das fortes chuvas que ocorreram no município. Com o aumento do nível do rio, foi optado pela retirada da estrutura para que não corresse o risco de romper ou se soltar e acabar poluindo o rio.

Com a barreira anterior, Reis diz que foi retirada uma quantidade de lixo, mas o volume não foi grande. “Deu para fazer apenas uma limpeza. O lixo recolhido era 100% reciclável, então um reciclador pegou. Foi dado o destino correto”, pontua.

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