Economia gerada pelo horário de verão abasteceria Gaspar por um mês
Redução no consumo foi de 4,5% no estado; mudança aumenta a busca por atividade física
Redução no consumo foi de 4,5% no estado; mudança aumenta a busca por atividade física
O horário de verão terminou no último domingo, 18, e, em Santa Catarina, gerou uma economia de 4,5%, segundo dados da Celesc. A média é a mesma do ano anterior e, com essa economia, seria possível manter uma cidade como Gaspar durante 30 dias. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução de consumo no país foi de 0,5% nesses quatro meses.
Segundo documento do Ministério de Minas e Energia (MME) divulgado na última sexta-feira, 16, o horário de verão “deixou de se justificar pelo setor elétrico”, e a manutenção desta política de governo ainda pode entrar em avaliação. Ainda de acordo com o MME, os impactos do horário de verão não se limitam ao setor elétrico, e sua pertinência “deve ser avaliada de forma mais ampla”.
Mais atividade física
A instrutora de educação física Fernanda Fidelis afirma que o horário de verão traz muitos benefícios para os adeptos da prática esportiva, afinal, como anoitece mais tarde, quando as pessoas saem do trabalho, elas se sentem mais motivadas “para ir pra academia, fazer uma caminhada na Beira Rio”. Além disso, como o dia ainda está claro no fim da tarde, a sensação de segurança aumenta, permitindo as práticas ao ar livre.
Ramiro Dias, também profissional de educação física, lembra que existe um período de adaptação do organismo quando o horário de verão começa ou termina, que pode levar de 15 a 20 dias. E, com a mudança para o horário de verão, o dia se estende até mais tarde e as pessoas conseguem se programar para praticar atividade física, tanto ao ar livre quanto em ambientes fechados.
“Mas a gente vem percebendo um movimento de volta para a prática externa, ao contrário dos anos 2000, quando as pessoas corriam para dentro das academias”, afirma Dias.
Ele atenta para a inclusão da atividade física na rotina, e lembra que ela deve ser pensada a longo prazo, “para daqui um ano, um ano e meio”, e não esperando resultados instantâneos. “Nosso foco deve ser sempre melhorar a saúde, e não pensar nas questões estéticas”.