Edição de 2018 dos Jogos Comunitários de Guabiruba é aberta oficialmente
Cerimônia realizada na manhã deste domingo contou com representantes de todas as comunidades
Cerimônia realizada na manhã deste domingo contou com representantes de todas as comunidades
Foi aberta oficialmente na manhã deste domingo, 25, a 21ª edição dos Jogos Comunitários de Guabiruba, em cerimônia realizada na associação do Sindicato dos Metalúrgicos. As competições, no entanto, começaram no dia 11 deste mês, e reúnem 40 modalidades em 80 dias de prova.
“Acima da competição, que também é importante, é um momento de grande congraçamento. Os jogos têm significado isso ao longo das suas 21 edições” , disse o prefeito Matias Kohler, no discurso em que declarou abertos os Jogos Comunitários.
Kohler ressaltou que, nessas duas décadas, os jogos sempre foram priorizados pela prefeitura, o que indica, na sua avaliação, que tornou-se um evento da cidade, não deste ou daquele governo.
Em 2018, de acordo com a Secretaria de Esportes, Lazer e Assuntos para a Juventude, serão aproximadamente 2 mil atletas amadores a participar das competições.
Sem dúvida, uma das mais experientes é a jogadora de mila Hertha Alfarth, que aos 81 anos foi a atleta responsável por fazer o juramento da 21ª edição dos jogos. Com a mão direita erguida, ela conclamou os atletas a disputarem as modalidades com respeito ao adversário.
Para esta edição, o resultado é o que menos importa para ela. “Eu espero que vá ganhar mais um troféu, que já tenho sete. Mas se eu perder também não dou bola não”, afirma Hertha.
Os resultados também estão em segundo plano para o bairro Lageado Alto. Cassiano Polheim, representante da comunidade, afirma que o objetivo deste ano é melhorar o rendimento em relação aos anteriores, sem, no entanto, apostar em chances de título, por ser um bairro pequeno de Guabiruba.
Para Márcio Pereira, coordenador do bairro Imigrantes, a comunidade está bastante forte neste ano, em diversas modalidades, e a expectativa é de que, nesta edição, a equipe possa brigar pelo primeiro lugar dos Jogos Comunitários.
Outra figura carimbada dos Jogos Comunitários é Osnir Schlindwein, de 66 anos, coordenador da equipe do bairro Aymoré, que participou da criação do evento.
“São 20 anos de história, e o objetivo maior quando os jogos foram criados é a união entre todas as comunidades”, diz. “Se no começo tínhamos bastante rivalidade, hoje a gente vê todo esse congraçamento entre atletas das diferentes comunidades”.
O bairro Guabiruba Sul, na manhã deste domingo, estava na liderança dos Jogos Comunitários. Terminar a competição na mesma posição seria um presente para seu coordenador, Vilmar Ebel.
“É difícil dizer isso, mas é o meu último ano na coordenação, então queria sair com chave de ouro”, afirma.
“Mas se não vier o pódio não tem problema. Estamos líder momentaneamente. O importante é que o esporte reúne tudo, não tem religião, cor, idade, tem pessoas idosas e adolescentes, só o esporte para fazer isso”, afirma Ebel.
O bairro Lageado Baixo foi o vencedor das edições de 2016 e 2017 dos Jogos Comunitários e busca, portanto, o tricampeonato neste ano. Para o coordenador das equipes, Joas Pollheim, o segredo da vitória está na preparação ininterrupta.
Segundo ele, quando terminam os jogos a tendência é das comunidades abandonarem os treinamentos, até que chegue a próxima edição.
No Lageado baixo, ele diz, isso não acontece. “A gente não para, fica o ano inteiro, as equipes continuam treinando para quando chegar os jogos estarem na melhor forma possível”.
Ingo Valdir Fischer, coordenador do bairro São Pedro, afirma que a comunidade busca, neste ano, o tão sonhado décimo título dos Jogos Comunitários de Guabiruba.
O São Pedro é o maior vencedor da história, com nove conquistas, mas há cinco anos não fica no lugar mais alto do pódio. O objetivo, neste ano, é quebrar esse tabu. Para isso, a preparação é árdua.
“A preparação começa dois a três meses antes, contatando atletas, outras pessoas ajudam a preparar as modalidades. Na última semana tem que correr atrás, relembrar o pessoal, isso faz parte”, afirma.