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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: a segurança é pública

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: a segurança é pública

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Nada acontece por acaso. Por trás dos bons resultados existe sempre uma boa história de trabalho, esforço e solidariedade. Essa reflexão surge a propósito de duas reportagens, publicadas recentemente por este nosso O Município que, à primeira vista, não têm nada em comum.

A primeira, no dia 20, conta que Brusque está bem situada em mais um ranking, no quesito segurança. Na avaliação, dentro do programa “Connected Smart Cities” (cidades inteligentes conectadas) foram comparados vários indicadores. E Brusque está em 36º lugar, na lista de cidades mais seguras. Para contextualizar essa posição, é bom lembrar que o Brasil tem 5.570 municípios.

A segunda, publicada na edição do dia 24, relata o retorno, a Brusque, da delegada Rosi Barbosa Serafim, como titular da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami). Além de dar essa informação, conta-nos os planos que Fernando de Faveri, delegado regional, tem para a nova sede da Polícia Civil, que se encontra em processo de compra.

E o que as aproxima? A forma como a cidade se envolve e participa, de forma a garantir que as forças de segurança que atuam no município tenham sempre as melhores condições.

Brusque, naturalmente, cobra do governo do estado e do governo federal o cumprimento de seus deveres constitucionais e das suas tarefas, mas não fica só nisso.

Se queremos bons resultados, é preciso trabalhar para criar uma rede de solidariedade, de interesse pelo bem comum

Ainda que a manutenção e o funcionamento das polícias, civil e militar, sejam responsabilidade estadual, Brusque fez um grande esforço coletivo, por intermédio das entidades representativas da sociedade organizada, da Câmara de Vereadores e do Ministério Público, para encontrar uma forma legal e eficiente de ajudar concretamente a segurança.

E, com isso, todos os meses, parte dos recursos arrecadados no município é repassada para as polícias. Vai permitir, por exemplo, que a nova sede da Polícia Civil seja mobiliada. E esse comprometimento solidário, do município com as forças de segurança, oferece a todos, tanto aos oficiais e delegados quanto aos cidadãos, a possibilidade de sempre pensar em melhorias, de sempre buscar uma ação mais eficiente.

Coisas como essa, que parecem comuns e banais, porque a cidade sempre se comportou assim e se acostumou a ser proativa, são relativamente raras. 

Em muitos municípios há uma acomodação crônica, com os cidadãos e o poder público parecendo achar que não precisam fazer nada, além de cobrar “mais segurança” dos governos estaduais. 

O resultado dessa forma de eximir-se de responsabilidades, claro, é quase sempre desastroso. Não só porque os governos estaduais têm recursos escassos e administram um “cobertor curto”, mas principalmente porque dá ao munícipe a falsa ilusão de que basta esperar que um dia as coisas acontecem. Ou reclamar, se não acontecerem.

Nada acontece por acaso. Se queremos bons resultados, é preciso trabalhar para criar uma rede de solidariedade, de interesse pelo bem comum e encontrar formas efetivas, eficientes e práticas de fazer alguma coisa na direção certa. Aí, quando vemos que a cidade está bem avaliada, podemos todos nos orgulhar: é resultado do nosso trabalho.

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