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Editorial: Brusque no Futuro

Na segunda-feira, o prefeito de Brusque, Ari Vequi, participou da reunião do Conselho das Entidades de Brusque, colegiado que reúne 14 entidades da cidade. O encontrou foi no Centro Empresarial e contou com a participação de vários representantes de classes e de secretários do governo conforme noticiamos aqui no jornal O Município.  Na pauta o […]

Na segunda-feira, o prefeito de Brusque, Ari Vequi, participou da reunião do Conselho das Entidades de Brusque, colegiado que reúne 14 entidades da cidade. O encontrou foi no Centro Empresarial e contou com a participação de vários representantes de classes e de secretários do governo conforme noticiamos aqui no jornal O Município. 

Na pauta o projeto “Brusque 2030”, que é um planejamento estratégico pelos próximos nove anos e prevê uma série de investimentos e melhorias no serviço público. 

O projeto contempla cinco eixos principais nominados como: Brusque Mais Humana, Brusque da Sustentabilidade, Brusque da Transparência e Eficiência, Brusque da Mobilidade e da Segurança e Brusque da Inovação e Empreendedorismo. 

Estes temas vão englobar 12 áreas de interesse que vão desenvolver mais de 120 projetos. Cada um terá entregas mensuráveis e desdobradas em planos de ação setoriais. Para gerir todo este acervo a gestão contará com 47 indicadores que vão estabelecer metas e medir resultados. 

Com a apresentação deste projeto, o prefeito vai ganhando mais importância e relevância, além de ir consolidando um novo estilo de gestão. Ao contrário de outras gestões que governavam isoladas, Ari vai no caminho da articulação e prefere compartilhar com a sociedade organizada sua visão de futuro. Com isso ganha muito mais respaldo e engajamento, no melhor espírito democrático. 

O fato de deixar seu corpo técnico, representado pelo secretário Willian Molina e Andrea Volkmann fazerem parte das apresentações, mostra também a descentralização da gestão e um desprendimento de vaidade, tão comuns em outros tempos em que o prefeito tinha que ser visto como rei.

Mesmo que algumas destas ações estejam longe de virar realidade, o simples fato de estarem planejadas é muito importante para o futuro de Brusque

Outro fato interessante é que o projeto tem início, meio e fim, e está em sintonia com as necessidades da cidade. Não tem nada de megalomaníaco, de suntuoso, tirando do foco possíveis debates e polêmicas, facilitando sua execução.   

E no final da história vem a conta. Para pagar o conjunto da obra serão necessários R$ 250 milhões. Desse valor, R$ 190 milhões em captação em fontes de financiamento externas (destes R$ 50 milhões do Samae) e R$ 60 milhões em recursos garantidos. É claro que estes valores vão precisar de aprovação da Câmara de Vereadores e até do Senado Federal, mas só o fato de já ter o valor e fonte é um avanço.

Mas nem tudo são flores. A captação destes recursos vai aumentar significativamente o endividamento da cidade e por isso gera preocupações. Também não podemos esquecer que são projetos públicos e consequentemente burocráticos, podendo levar mais tempo do que o planejado, ou até mesmo não serem executados por alguma questão ambiental ou legal.

O ponto a favor é que, mesmo que algumas destas ações estejam longe de virar realidade, o simples fato de estarem planejadas é muito importante para o futuro de Brusque. A atitude do governo municipal agradou os empresários e tem tudo para seguir adiante. 

É claro que o jornal O Município vai acompanhar cada passo deste novo rumo, mostrando suas nuances, e torcendo para que alcancem seus objetivos que são a melhoria da qualidade de vida, a prosperidade econômica, preservação do meio ambiente e aperfeiçoamento das instituições. Pagamos tantos impostos e esta é uma contrapartida a altura que esperamos para levar Brusque a um futuro melhor.