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Editorial: Caminho para a oncologia

O Hospital Azambuja deu mais um passo em direção ao credenciamento para realizar procedimentos oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo reportagem divulgada pelo jornal O Município na última sexta-feira, 26 de abril. Agora, o credenciamento depende do aval da Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) e da Secretaria de Estado da Saúde. Porém, também […]

O Hospital Azambuja deu mais um passo em direção ao credenciamento para realizar procedimentos oncológicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo reportagem divulgada pelo jornal O Município na última sexta-feira, 26 de abril.

Agora, o credenciamento depende do aval da Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) e da Secretaria de Estado da Saúde. Porém, também é necessária a habilitação federal, via Ministério da Saúde. Mas, há expectativa de que a secretária de estado da Saúde, Carmen Zanotto, realize uma habilitação estadual, permitindo o atendimento.

Mesmo que ainda estejamos em um cenário de espera pela habilitação, trata-se de um avanço desta demanda. O desdobramento faz parte de um longo caminho pela busca do credenciamento do hospital, que iniciou em 2017. Ao longo de todos esses anos, a pauta foi levantada por autoridades políticas e empresariais do município.

Quem é usuário do SUS entende que, ao ter fome, é preciso ter um prato pronto, mas não é bem assim que as coisas acontecem. Às vezes é preciso encontrar o prato, a comida, a bebida, o talher e a mesa para servir as pessoas. É assim que funciona o sistema de saúde: primeiro, é preciso providenciar uma estrutura e, depois, o credenciamento.

Ao ir atrás desta habilitação, entra uma questão política por existir apenas um dinheiro. Neste sentido, o recurso de oncologia vai para Blumenau e, a partir do momento que Brusque é credenciada pelo governo, parte desse dinheiro será destinado para nós. Então, é natural que a cidade que tem o recurso destinado não queira abdicar de parte do dinheiro, como é o caso de Blumenau, que quer que as pessoas continuem realizando o tratamento contra o câncer lá.

Por isso, é importante a conscientização da sociedade brusquense para essas reivindicações, pois muitos não dão bola por não sofrerem de uma enfermidade. Mas quando se fica doente, é vista a complexidade de lidar com um tratamento. Ainda mais quando, ao invés de se tratar em Brusque, o paciente precisa se deslocar para outro município.

Assim, todo o esforço do Hospital Azambuja em relação à busca da alta complexidade e da oncologia é importante para sanar o problema sério de uma grande parcela da população, que precisa ir para outra cidade para continuar um tratamento. Isso inclui não apenas o paciente, mas toda a família dele. Há toda uma logística, além do tempo e energia dispensados.

Com isso, o jornal O Município reforça o coro para que esse atendimento seja trazido para Brusque. O Hospital Azambuja já mostrou que tem investido, evoluído e se estruturado, com plenas condições de atender essa demanda. Só falta agora uma vontade política e uma canetada para o credenciamento acontecer e nossos pacientes serem tratados aqui.