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Editorial: Clima de eleição

Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de negar o pedido de efeito suspensivo da cassação de Ari Vequi (MDB), publicada nesta semana pelo jornal O Município, se torna ainda mais remota a possibilidade de que ele consiga retornar ao cargo do qual está afastado desde maio. Para ele, ainda há um fio de […]

Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de negar o pedido de efeito suspensivo da cassação de Ari Vequi (MDB), publicada nesta semana pelo jornal O Município, se torna ainda mais remota a possibilidade de que ele consiga retornar ao cargo do qual está afastado desde maio.

Para ele, ainda há um fio de esperança, visto que está pendente de julgamento um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Nunes Marques. As esperanças, contudo, estão diminuindo, e a eleição marcada para 3 de setembro fica cada vez mais cristalina.

Hoje o que se vê é uma intensa articulação, que até se imaginava que não existiria, devido ao tempo curto de mandato, de pouco mais de um ano. Porém, os candidatos se apresentaram e estão buscando composições para viabilizarem seus nomes no pleito.

Nesse momento, as articulações apontam para diversas possibilidades de candidatura. O MDB de Ari Vequi tenta emplacar o ex-secretário William Molina. O PT, de Paulo Eccel, busca um candidato a vice de um partido de centro, para tentar evitar a pecha de que será uma chapa totalmente de esquerda. O PP tem no vereador Alessandro Simas o principal nome para a eleição.

Já o prefeito interino, André Vechi, do DC, enfrenta adversários internos, com o vereador Jocimar dos Santos capitaneando uma articulação para que a candidatura seja inviabilizada, e o partido apoie outro nome.

Os candidatos terão um tempo curto de campanha, e terão que se tornar conhecidos e fazer o eleitor se empolgar e sair de casa para votar apenas em um nome

Outros postulantes correm por fora, como o secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza, do PSC, o qual também é ventilado como possível candidato ou vice na eleição.

O ex-prefeito José Luiz Cunha, o Bóca, pretende concorrer pelo Republicanos, e busca apoios em outros partidos, mas assim como André Vechi, também enfrenta resistência interna e uma articulação contrária à sua candidatura.

Essa situação que está posta hoje, no entanto, pode mudar a qualquer momento, já que as reuniões não param, e até as convenções partidárias, que serão realizadas entre 19 e 23 de julho, muita coisa pode mudar: candidatos já anunciados podem desistir e novos nomes podem aparecer.

Essa eleição, além de ser extemporânea, tem a característica de ser somente ao Executivo, sem a possibilidade de eleger qualquer outro cargo que não o de prefeito ou vice. Os candidatos a vereador, que fazem importante papel de cabos eleitorais, não estarão presentes, o que dificultará ainda mais a vida dos postulantes à prefeitura.

Os candidatos a prefeito terão um tempo curto de campanha, e terão que se tornar conhecidos e fazer o eleitor se empolgar e sair de casa para votar apenas em um nome. Essa falta de cabos eleitorais e a necessidade de se fazer presente tornarão essa eleição, apesar de muito curta, um pleito muito caro.

Com isso, o jornal O Município estará acompanhando todos os passos até o dia da eleição, e estaremos atentos a qualquer novo movimento dos candidatos que seja de interesse dos nossos leitores.