Editorial: Fala com sabedoria, ensina com amor
A Paróquia São Luiz Gonzaga lançou na manhã desta terça feira, 1, a Campanha da Fraternidade 2022. O evento contou com a presença do pároco, padre Diomar Romaniv, da secretária de educação Eliane Buemo, e do professor Ronaldo Uller, representando a Unifebe, conforme publicamos aqui no jornal. Segundo o padre Diomar a Igreja propõe esta […]
A Paróquia São Luiz Gonzaga lançou na manhã desta terça feira, 1, a Campanha da Fraternidade 2022. O evento contou com a presença do pároco, padre Diomar Romaniv, da secretária de educação Eliane Buemo, e do professor Ronaldo Uller, representando a Unifebe, conforme publicamos aqui no jornal.
Segundo o padre Diomar a Igreja propõe esta reflexão dentro do lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” para chamar a atenção deste tema social e buscar um compromisso não só dos professores, mas também dos pais.
O lema da campanha nunca foi tão atual e oportuno, principalmente neste período de pandemia em que vivemos uma experiência nova e a desinformação foi tão ou mais disseminada que a informação.
Vimos surgir correntes que misturaram a política com a saúde e fizeram das redes sociais um campo de batalha. Vimos familiares brigando e amigos se separando por tomarem posições distintas, baseadas em premissas muitas vezes falsas ou parciais.
Neste campo de desinformação, a campanha vem como um alento, não só para as crianças no mundo escolar, mas principalmente para os adultos no mundo social. É preciso urgentemente restabelecer o respeito ao próximo e isso pode ser feito deixando de falar tantas certezas falsas, principalmente nos meios digitais.
E não é só a pandemia que criou especialistas em todos os assuntos, a guerra da Rússia com Ucrânia é a nova arena de confrontos. Os usuários das redes sociais já estão apostos, prontos para investidas neste ou naquele assunto, de acordo com seu ponto de vista, ou da “informação do whats” que recebeu.
É preciso urgentemente restabelecer o respeito ao próximo e isso pode ser feito deixando de falar tantas certezas falsas, principalmente nos meios digitais
Assim, além da guerra física, ocorre também a guerra das versões, das narrativas, que fazem os mais distantes cidadãos entrarem no jogo e brigarem nas redes para dar audiência às big techs de comunicação.
Neste contexto, a reflexão da campanha é incisiva. Será que estamos falando com sabedoria? Conhecemos e dominamos o assunto ou entramos na onda desta ou daquela teoria para disparar ódio e intriga?
Como caminho para mudar esta realidade, a campanha sugere ensinar com amor. É claro que essa é uma visão romântica da problemática, mas não deixa de ser uma possibilidade. Na verdade, seria uma revolução.
O amor pela causa da educação, o amor por educar, é material raro e imprescindível na construção de uma nova sociedade. Só ele pode ensinar de verdade e tornar as pessoas melhores. Só ele pode evitar estes confrontos digitais e reais, fazendo as pessoas baixarem a guarda e se abrirem a sabedoria.
Assim, por mais que seja uma utopia, a campanha da Fraternidade mexe num ponto crucial do comportamento humano, trazendo a luz este tema de educação e amor como forma de nos desenvolvermos como seres humanos, como cidadãos.
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