X
X

Buscar

Editorial: Foco na educação

O massacre ocorrido em uma creche em Blumenau ainda domina a pauta na região e várias ideias e modelos de segurança começam a ser discutidos. Para além da existência de guardas e câmeras, já exaustivamente debatidas, o foco, agora, passa a ser a educação. Nesse sentido, uma das iniciativas que chama a atenção é a […]

O massacre ocorrido em uma creche em Blumenau ainda domina a pauta na região e várias ideias e modelos de segurança começam a ser discutidos. Para além da existência de guardas e câmeras, já exaustivamente debatidas, o foco, agora, passa a ser a educação.

Nesse sentido, uma das iniciativas que chama a atenção é a atuação da escola cívico-militar, modelo que iniciou as atividades em maio de 2022 em Brusque, na Escola Paquetá. Nesse modelo, cria-se uma simpatia com a comunidade porque muitos valores são transmitidos, como o respeito, a disciplina, o comportamento correto.

E não se trata de uma ideia imposta, mas a busca de atuar junto aos alunos mais problemáticos, junto aos pais e a comunidade em geral. Esse modelo pode ser um piloto para trabalhar a causa do problema, e não a consequência. Em vez de muros, portões e cercas, é um projeto que trabalha a estrutura emocional das crianças.

A formação das crianças é o mais importante, é isso que vai garantir um adulto saudável, sociável, e integrado à comunidade

O assunto também foi destaque na reunião da diretoria da Acibr, realizada no início da semana. O encontro teve a presença do comando da Polícia Militar de Brusque, e também do subtenente Ivan Silva Santos, comandante do Tiro de Guerra.

Ele falou sobre ações que podem ser implementadas de imediato, como maior frequência da instituição nas escolas, através de palestras que incentivam a ordem, disciplina e obediência. Também apresentou um projeto de Palmas (TO), onde atuava anteriormente, no qual militares reservistas têm sido inseridos na comunidade escolar em regiões de maior vulnerabilidade. Com a atuação junto aos alunos, a evasão escolar diminuiu e o desempenho dos estudantes melhorou consideravelmente.

Dessa forma, por mais que haja muitas pessoas mal intencionadas circulando nas ruas, a formação das crianças é o mais importante, é isso que vai garantir um adulto saudável, sociável, e integrado à comunidade. A escola é para educar, e qual educação estamos dando? Isso é o que nunca pode ser perdido de vista.

Outro ponto importante, que tem sido questionado por escolas de Santa Catarina, é o acompanhamento dos pais aos filhos. Eles sabem quem são os professores? Vão às regências de classe e participam das atividades? Os pais observam o que está na mochila dos filhos? O que ele está vendo no computador?

Com base nisso, em breve deve ser criada uma campanha, apoiada por entidades e instituições de Brusque, que toque justamente neste ponto, para que as pessoas deem atenção especial aos seus filhos, saibam o que eles estão fazendo, com quem conversam, que ideias estão aprendendo.

Além das questões de segurança já abordadas, o comportamento da família, da escola e da sociedade é que precisa ser posto em evidência, de uma forma que todos contribuam para que tenhamos uma escola melhor e mais segura.