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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: A máscara caiu

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: A máscara caiu

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Na terça-feira, 8, a Prefeitura de Brusque publicou o decreto 9.147 que torna facultativo o uso de máscara de proteção individual em ambientes abertos e fechados para toda população de todas as faixas etárias de nossa cidade, conforme publicamos aqui no jornal O Município.

A decisão se baseia no alto índice de vacinação, que chegou a 76,07% da população de Brusque com a primeira dose e 74,96% da segunda. Também levou em conta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que dá competência para os municípios definirem normas de saúde e de controle da pandemia conforme a realidade local.

A decisão era esperada já que outras cidades de nosso estado, e até algumas capitais, já haviam flexibilizado o uso do acessório, mas com o nível de risco alto no Médio Vale, ao qual Brusque pertence, havia o temor que o Ministério Público (MP-SC) fizesse algum questionamento em relação ao decreto.

Não que esta decisão não possa ainda ser questionada e até revisada, mas os indicadores de número de casos e internações na cidade tem caído e não estão mais no centro das preocupações.

O uso da máscara já foi o tema de muitas discussões, tendo corrente favoráveis e contrárias, que levavam em conta mais a questão da ideologia política do que as questões sanitárias.

A grande verdade é que nestes mais de dois anos as máscaras de proteção tornaram-se obrigatórias e seu uso possibilitou o acesso aos mais diversos modelos, das mais diversas formas, dando margem a muitos problemas que desafiaram a sua eficiência.

Ninguém duvida que uma máscara N95 ou uma cirúrgica tenham um índice de filtragem acima de 90%, mas quem pode garantir esta performance numa máscara caseira? No início deste mês a revista científica Physics of Fluids publicou um artigo que atribui a eficácia da máscara de tecido ficou entre 2,5% a 10% provando que foi mínimo o benefício de quem usou este tipo.

Além disso, outras questões foram sendo levantadas neste período, como a correta utilização e a missão quase impossível de manusear sem infectar. Isso sem contar o uso inadequado abaixo do nariz ou do queixo.

Agora, com esta nova possibilidade, todas estas discussões vão se dissipando, assim como a pandemia. A desobrigação do uso da máscara com certeza será vista como um marco, um símbolo de desarme nesta reta final.

Mesmo assim, ainda podemos ver pessoas utilizado este adereço nas ruas de Brusque nesta semana. Muitas ainda usam por receio ou desconhecimento da nova lei, outras ainda entendem que elas são importantes e estão prolongando seu uso.
De qualquer forma todos vão se sentindo um pouco mais livres por poder ver de novo os rostos das pessoas, por poder respirar melhor estes ares de mudança.

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