Editorial: Mídia artesanal
Na quarta-feira o jornal O Município publicou o novo recorde de 5,5 milhões de acessos em setembro que os portais de Brusque e Blumenau atingiram. São números expressivos que mostram a evolução do consumo de notícias digitais, que neste ano já ultrapassou a barreira dos 30 milhões de acessos nas duas cidades. Além da análise […]
Na quarta-feira o jornal O Município publicou o novo recorde de 5,5 milhões de acessos em setembro que os portais de Brusque e Blumenau atingiram. São números expressivos que mostram a evolução do consumo de notícias digitais, que neste ano já ultrapassou a barreira dos 30 milhões de acessos nas duas cidades.
Além da análise quantitativa apresentada na matéria, os números validam algumas práticas e estratégias adotadas pelo jornal e que estão mostrando uma aderência muito grande no mercado. Uma delas é a ideia que já não basta ser uma mídia regional, é preciso ser uma mídia artesanal.
Este conceito de mídia artesanal é um termo que cunhamos para mostrar que precisamos fazer um jornalismo “sob medida” para nossos leitores. Isso implica num profundo conhecimento da necessidade de nosso público, um jornalismo de qualidade e recursos tecnológicos.
Entender a necessidade do leitor é um desafio dada a complexidade de variantes que estão em jogo. Por isso nossa linha é atender esta necessidade de forma mais regional, local. Esta em nosso DNA viver e entender o mercado que cobrimos e isso faz toda diferença.
Por meio de uma plataforma moderna e integrada às mídias sociais, podemos falar com as pessoas no momento e linguagem de sua preferência
Estamos umbilicalmente ligados à nossa região, ao contrário da grande imprensa, que muitas vezes, por vieses teóricos e ideológicos, não consegue entender e comunicar os acontecimentos. Também não consegue focar no que importa, pois a audiência é segmentada, e uma notícia que aconteceu em Xaxim ou no Acre não interessa tanto quanto a que aconteceu por aqui, por mais relevante que seja.
Neste novo momento de mídia artesanal, O Município tem, como pré-requisito, um jornalismo de qualidade. Isso não implica só na questão da credibilidade, mas também da necessidade deste jornalismo ser dinâmico, estar disposto a quebrar paradigmas e buscar novos caminhos e novas formas de comunicar.
Tal qual um artesão, o profissional precisa entender o processo todo e saber qual é a melhor forma de entregar um produto personalizado e adequado, como matérias inéditas, exclusivas e instantâneas.
A tecnologia entra como o elemento que vai permitir a moldagem do processo à necessidade do cliente. Por meio de uma plataforma moderna e integrada às mídias sociais, podemos falar com as pessoas no momento e linguagem de sua preferência, aumentando consideravelmente o interesse e acesso as publicações.
Este conceito de uma mídia artesanal foi aplicado em nossa expansão a Blumenau e nos deixou entusiasmados. Foi um crescimento de quase 900% em um ano numa praça que já tem uma grande oferta de meios de comunicação. Só no mês de setembro tivemos mais de três milhões de visualizações, 50% a mais que o mês anterior.
Sendo assim, entendemos que a mídia artesanal pode ser um importante contraponto a toda esta massificação de informações que nos bombardeia todo dia e que muitas vezes não fazem sentido para o leitor.
Temos o compromisso de continuar a informar e ajudar o nosso público a entender a sua realidade local, regional. Como dizia Leon Tolstói, “se queres ser universal, começa por pintar a sua aldeia”. Queremos pintar a nossa com cores vibrantes e entusiasmo e gratidão pela confiança que o leitor deposita neste trabalho artesanal e sob medida.
Claudio José Schlindwein