Editorial: o poder nas nossas mãos
Nos aproximamos do fim de mais um ciclo eleitoral e, neste domingo, 2, vamos às urnas para escolher nossos representantes pelos próximos quatro anos. E como já é tradição, o jornal O Município cumpriu seu papel dentro do processo democrático. Nos últimos dois meses, nos dedicamos em trazer a você, leitor, um conteúdo completo, com as principais informações sobre as eleições e os candidatos de Brusque.
Somos um veículo de comunicação local e o foco foi dar aos eleitores de Brusque, Guabiruba e Botuverá um conteúdo de qualidade, apresentando os candidatos a deputado estadual, federal e suplente de senador que almejam representar a região, proporcionando visibilidade e oportunidades iguais de mostrarem suas propostas aos eleitores.
E para este domingo, serão mais de 14 horas de cobertura em tempo real, com a equipe de jornalismo atuando a partir das 8h, quando inicia a votação. Além das informações ao longo de todo o dia em omunicipio.com.br e nas redes sociais do jornal, teremos um programa em vídeo transmitido ao vivo no portal, Facebook e YouTube, a partir das 16h, com as principais informações do dia, a apuração dos votos, resultados e comentários de analistas políticos.
Nosso papel na democracia não termina neste domingo após o voto, pelo contrário, começa ali
É pelo voto que ajudamos a definir os rumos do nosso país, já que as eleições são a base da democracia. No passado, muitos lutaram para que hoje pudéssemos ter o direito e a liberdade de escolher quem melhor nos representa. E justamente por vivermos em uma democracia, nem sempre o resultado é como esperamos. Mesmo assim, vale a pena o esforço de escolher um representante e depositar nele a esperança de um futuro melhor.
Somos parte importante de todo o processo eleitoral, por isso, é fundamental a nossa participação. Afinal, é com recursos vindos do trabalho de cada cidadão brasileiro que os poderes legislativo estadual e federal são mantidos.
Publicamos essa semana levantamento do Observatório Social de Brusque que mostra o custo dos parlamentares federais e catarinenses, com base no orçamento aprovado pela União e governo do Estado para 2022.
O Congresso Nacional, com os 81 senadores e 513 deputados federais, custa mais de R$ 12 bilhões aos cofres públicos por ano. Desta forma, cada congressista custa, em média R$ 60,32 por ano para cada habitante, considerando uma população de 200 milhões de habitantes.
Por sua vez, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) prevê gastos de R$ 695,3 milhões em 2022, ou seja, cada deputado catarinense custa R$ 94,76 para cada habitante de Santa Catarina por ano.
Para manter os poderes legislativos estadual e federal, cada catarinense desembolsa R$ 155,08 por ano. Com base no salário mínimo de R$ 1.212, um trabalhador que vive com esta renda teria que trabalhar quatro dias por ano para manter os congressistas estaduais e federais.
Mas além de tudo isso, há ainda o custo de quatro anos de poder para os eleitos. Por isso, é tão importante escolher em quem depositaremos nosso voto neste domingo com consciência. Guardar as propostas apresentadas durante toda a campanha é fundamental para que a cobrança seja feita caso nossos candidatos se elejam.
Nosso papel na democracia não termina neste domingo após o voto, pelo contrário, começa ali. O poder está nas nossas mãos, cabe a nós exercê-lo com responsabilidade.