Editorial: O sucesso da Fenarreco
Após retornar depois de dois anos sem edição, devido à pandemia de Covid-19, a Fenarreco caiu no gosto da população e caminha para bater recordes de público. Conforme os dados mais atualizados, até esta quarta-feira, 12, já passaram pelos portões do pavilhão 74.144 pessoas. Para se ter uma ideia, o público total da Fenarreco de […]
Após retornar depois de dois anos sem edição, devido à pandemia de Covid-19, a Fenarreco caiu no gosto da população e caminha para bater recordes de público. Conforme os dados mais atualizados, até esta quarta-feira, 12, já passaram pelos portões do pavilhão 74.144 pessoas.
Para se ter uma ideia, o público total da Fenarreco de 2019, durante 11 dias de festa, foi de 96,7 mil pessoas. Em 2018, haviam sido 77,9 mil. Essas marcas devem ser ultrapassadas com folga. Na última Fenarreco, o dia de maior movimento foi um sábado que reuniu 16,2 mil pessoas. Neste ano, o primeiro sábado da festa teve registro de 25 mil.
E o aumento do público traz consigo o crescimento do consumo. Essas 60 mil pessoas consumiram, nos primeiros cinco dias, 3.851 buffets, 963 marrecos recheados, 305 marrecos crispys, 253 eisbein, 128 petiscos, 113 salsichas e 420 sobremesas.
Foram vendidos 49.776 copos de chope e na praça de alimentação foram comercializados 18.233 itens, entre as tradicionais batatas recheadas, hambúrguer de marreco, pizzas, crepes e doces. Foram vendidos ainda 12.050 ingressos para o parque de diversões.
Para além dos números, a festa está animada, com grande adesão da população e com boa parte do público vestindo o traje típico alemão, mergulhando na cultura e entrando no clima da Fenarreco. A vestimenta, que em outros tempos era rara, agora virou moda entre os participantes.
Há caminhos que ainda precisam ser trilhados para garantir a continuidade e o sucesso da Fenarreco, preservando a cultura e assegurando seu futuro
O desfile de abertura parou a cidade, com 5 mil pessoas na avenida Cônsul Carlos Renaux. Da mesma forma que a ocupação dos camarotes, que foram comercializados antecipadamente. Grandes empresas, como a Havan, investiram no local, e a área este ano está bem cuidada – havia anos em que algumas das estruturas sequer tinham interruptores de energia. Esse sucesso é uma prova de que, quando há vontade coletiva, as coisas acontecem.
É preciso ressaltar que houve erro da organização no dimensionamento da infraestrutura para atender esse público, e as longas filas deixaram as pessoas irritadas no primeiro fim de semana. No entanto, é um problema fácil de resolver, com a colocação de mais caixas e a separação clara das filas, medidas que já foram adotadas pela gestão e, esperamos, sejam eficientes neste próximo fim de semana de festa.
A Fenarreco evoluiu, mas ainda há um caminho a ser trilhado. A Oktoberfest de Blumenau, por exemplo, é uma festa independente, construída de forma multissetorial, ou seja, com a participação de um grande grupo de pessoas, que se engajam na organização durante o ano todo.
Desta forma ela não fica suscetível à pressão política e nem dependente da capacidade da Secretaria de Turismo. Pode contar com a experiência e expertise de outros profissionais que podem contribuir para ser ainda melhor. Também neste outro formato, a busca de recursos e patrocínios também é facilitada, pois não cai na burocracia que tem que passar hoje por ser uma festa da prefeitura.
São caminhos que ainda precisam ser trilhados para garantir a continuidade e o sucesso da Fenarreco, preservando a cultura e assegurando seu futuro, com mais organização e animação, é claro.