Editorial: O sucesso não é por acaso
No dia 11 de março Cônsul Carlos Renaux completaria 160 anos. A data foi lembrada e comemorada de forma muito especial. Na quinta-feira, dia 10, foi lançado o livro “Política, Poder e Fortuna” escrito pela reitora Rosemari Glatz, na Unifebe. No dia seguinte foi a vez do Clube Filatélico Brusquense, coordenado por Jorge Paulo Krieger, […]
No dia 11 de março Cônsul Carlos Renaux completaria 160 anos. A data foi lembrada e comemorada de forma muito especial. Na quinta-feira, dia 10, foi lançado o livro “Política, Poder e Fortuna” escrito pela reitora Rosemari Glatz, na Unifebe.
No dia seguinte foi a vez do Clube Filatélico Brusquense, coordenado por Jorge Paulo Krieger, juntamente com o Correio, fazer o lançamento de um cartão postal alusivo a data (o selo deve ser lançado nos próximos meses). O local não poderia ser mais apropriado, a Vila Renaux, a casa que foi a última morada do Cônsul.
Estes eventos tiveram a participação de pessoas ligadas a história do Cônsul, líderes políticos e religiosos, historiadores, empresários que aproveitaram para lembrar a trajetória e o legado que este homem deixou.
E mergulhando neste ambiente nostálgico e histórico, no discurso do lançamento de seu livro, a reitora Rosemari fez uma pergunta interessante: o que seria de Brusque sem o Cônsul?
A provocação da reitora certamente está ligada ao nível de conhecimento que temos em relação a sua trajetória de vida pessoal, política e empresarial. Sem ter a pretensão de ser assertivo na resposta, mas desdobrando o tema e ensaiando uma resposta, fico imaginando se a primeira fiação não fosse em Brusque.
Se o caráter filantropo do Consul não tivesse dado azo à fundação do Colégio Cônsul, se não tivesse idealizado a Maternidade, se não tivesse mandado construir o “novo” Hospital de Azambuja. Como seria nossa educação e saúde?
Se ao invés deste homem visionário o primeiro intendente de Brusque fosse uma pessoa sem iniciativa, sem cultura. Ou se um analfabeto tivesse sido eleito para ser o primeiro deputado constituinte de Santa Catarina ao invés do Cônsul.
Se seu estilo de vida arrojado não tivesse trazido uma visão sofisticada para nossa arquitetura tento como ícones seu palacete no centro da cidade e a Vila Renaux, projetada e executada pelo arquiteto alemão Rombach.
Isso sem contar os inúmeros negócios que não existiriam se não fossem seus empreendimentos e posses. Imagina, num exemplo simples de causa efeito, se o senhor Rudolfo Stutzer não concertasse o primeiro refrigerador brasileiro que o Cônsul importou da Alemanha, não teria nascido a Cônsul e isso mudaria não só a nossa história, mas a de Joinville, de Santa Catarina.
Poderíamos elencar aqui mais dezenas de situações em que a existência do Consul foi decisiva e por isso podemos ter uma certeza em relação a pergunta da reitora. Se o Cônsul não existisse com certeza Brusque seria muito diferente.
Se hoje temos uma cidade de sucesso não é por acaso. Entre tantas contribuições, com certeza as digitais do Cônsul estão presentes. Mais do que um império, ele lançou as sementes do empreendedorismo, da filantropia.
Sempre foi exigente e inovador, caraterísticas até hoje reconhecidas em nossos produtos e serviços. Assim, mesmo depois de 77 ano de sua morte, sua obra ecoa neste vale, pelo som singular de uma vida cheia de realizações e sucesso, que foram de certa foram herdados e que até hoje faz Brusque triunfar no progresso.