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Editorial: Os golpes no Vale do Itajaí

Nesta semana, o jornal O Município publicou reportagem sobre a operação feita pela Polícia Civil em Guabiruba, a qual investiga um esquema de pirâmide financeira, que estaria sendo operado por uma empresa no bairro Guabiruba Sul. Conforme os investigadores, o esquema já teria provocado um prejuízo de mais de R$ 3 milhões.  A divulgação do […]

Nesta semana, o jornal O Município publicou reportagem sobre a operação feita pela Polícia Civil em Guabiruba, a qual investiga um esquema de pirâmide financeira, que estaria sendo operado por uma empresa no bairro Guabiruba Sul. Conforme os investigadores, o esquema já teria provocado um prejuízo de mais de R$ 3 milhões. 

A divulgação do caso causou bastante surpresa, tendo em vista que a cidade é conhecida por ser bastante pacata e tradicional. Portanto, causou estranhamento saber que há, no município, pessoas envolvidas na prática deste tipo de crime. 

No entanto, se nos atentarmos ao noticiário deste ano, veremos que há uma infinidade de tipos de golpes vem sendo aplicados em Brusque e região. As entidades representativas, por exemplo, esporadicamente precisam divulgar aos seus associados informações sobre tentativas de golpe utilizando seus nomes. 

A Associação Empresarial de Brusque (Acibr) teve seu nome utilizado indevidamente em uma tentativa de golpe, na qual os estelionatários enviavam um e-mail com uma falsa notificação extrajudicial, que cobrava o pagamento de uma “Taxa Única Associativa”, emitida no nome da entidade. A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) também precisa se preocupar com golpes no comércio utilizando o nome da entidade. 

O Hospital Azambuja também é vítima de golpes, com criminosos entrando em contato com pacientes e, falsamente identificados como médicos da instituição, pedindo dinheiro para realização de procedimentos. 

Além disso, há outros vários golpes constantemente aplicados. O golpe do bilhete premiado, o golpe do PIX, no qual um criminoso se faz passar por uma pessoa e contata os familiares pedindo dinheiro, entre outros.

 

Há infindáveis tipos de golpe que continuam a proliferar como pragas na nossa região

O golpe do delivery, no qual a pessoa pensa que está pagando um valor por um produto, mas o realmente debitado é muito maior, também chegou à região. 

Recentemente, diversas pessoas também relataram terem recebido uma tentativa de golpe na qual se faz uma oferta de emprego via mensagem de texto no celular, com um link para inscrição. Ao clicar nesse link, a pessoa facilita a obtenção de seu dados pessoais pelos golpistas.

Assim como esses, há infindáveis outros tipos de golpe, que continuam a proliferar como pragas na nossa região.  No Vale do Itajaí, temos uma população conhecida como séria, mas se olharmos o entorno encontramos muitos casos de tentativas de golpes envolvendo moradores locais.

Mas por que tantas pessoas caem nessas artimanhas? Conforme a Psicologia, o ser humano tem a tendência a cair em golpes por ter aversão à perda, uma ambição de não querer perder uma oportunidade de ganhar algo facilmente. 

Isso tem sido combustível para a aplicação dos golpes, num momento em que cada vez mais pessoas querem buscar soluções rápidas que levem à riqueza. Querem se dar bem e obter vantagens financeiras e acabam tomando dois caminhos: ou se tornam criminosos e passam a aplicar golpes, ou viram mais uma das vítimas dos golpistas.

De qualquer forma, esses inúmeros casos relatados são preocupantes e alarmantes, e são um alerta para a sociedade, de que temos que ter o dobro de cuidado, e que não existe vida fácil. Para vencer na vida é preciso trabalho, suor e esforço, porque nada cai do céu.