Editorial: os movimentos na janela política em Brusque
Ontem teve início a chamada janela partidária, permitindo que até 3 de abril vereadores que pretendam disputar a reeleição ou a prefeitura possam mudar de partido sem sofrerem nenhuma punição da legenda conforme publicamos aqui no Jornal O Município. Esta data na verdade marca o início do processo eleitoral, em que alguns nomes políticos já […]
Ontem teve início a chamada janela partidária, permitindo que até 3 de abril vereadores que pretendam disputar a reeleição ou a prefeitura possam mudar de partido sem sofrerem nenhuma punição da legenda conforme publicamos aqui no Jornal O Município.
Esta data na verdade marca o início do processo eleitoral, em que alguns nomes políticos já se movimentam, iniciando as tratativas para uma mudança ou permanência em suas posições, com vistas à eleição de outubro.
O pontapé inicial deste movimento aqui em Brusque podemos dizer que foi a exoneração do superintendente da Fundação Municipal de Esporte, Olavo Larangeira Telles e do diretor geral de Turismo, Sidnei Dematé. Ambos vinham desenvolvendo um bom trabalho frente à gestão municipal, mas foram vítimas da mudança política de quem os indicou, os vereadores Keka e Jean Pirola, respectivamente. Keka deixou o bloco da situação e com isso perdeu sua cota de cargos na administração. Já o PP continua com o governo e fez a troca por uma questão mais interna.
Outra mudança também anunciada é a saída do presidente da Câmara, Ivan Martins, do PSD para o DEM. Este movimento com certeza será seguido por outros nomes e abre uma possiblidade do DEM negociar tanto com a chapa governista ou com o grupo de Ciro Roza. O que está em jogo é a permanências de cargos importantes ocupado pelo grupo, como o Samae, que hoje deixa o pêndulo mais ao lado governista.
Toda esta movimentação é somente o início do período eleitoral e muitas negociações ainda serão feitas até o momento fatídico das convenções
Também há o caso de Dagomar Carneiro, que já foi vice-prefeito e deputado estadual e pediu exoneração do cargo de diretor-presidente do Ibprev na semana passada. Mesmo alegando motivos pessoais, sua saída pode ser um caminho mais livre para possíveis articulações.
Assim, os primeiros movimentos mais concretos vão surgindo e começam a circular os nomes dos possíveis candidatos. Esta semana, uma reunião governista bateu o martelo em torno do nome de Ari Vequi. Ele conta com o apoio do atual prefeito Jonas Paegle que intensificou esta aproximação num acordo que busca a união do grupo. Jonas trocaria a possibilidade da reeleição por uma secretaria e, posteriormente, por uma candidatura a deputado daqui dois anos.
Em outra frente Ciro Roza, do Podemos, articula seu grupo e flerta com André Rezini, do Cidadania, como vice na chapa. Esta posição também é ambicionada por Guilherme Marchewsky, que deixou o PSL e ingressou no Patriotas. Mas cogita-se também que Marchewsky pode ir de cabeça de chapa, em outra configuração.
Paulo Sestrem, do Republicanos, anunciou sua candidatura a prefeito, mas está de olho no seu padrinho político, deputado Hélio Costa. Esta atenção se deve ao fato de que Costa pode ir para o Podemos, mesmo partido de Ciro, e aí a conjuntura muda.
Outro grupo que está se formando é do coronel Gomes, que deve vir pelo PL. Gomes já foi comandante da Policia Militar de Brusque e deve pedir para entrar na reserva com vistas a concorrer a próxima eleição. Tem flertado com o vereador Sebastião Lima, que também está vindo engrossar as fileiras do PL.
O ex-prefeito Paulo Eccel também deve disputar o pleito pelo PT. Ele vem atuando nas redes sociais e deve usar sua visibilidade como deputado (anunciado ontem) para aglutinar os partidos de esquerda da cidade.
Além destes, nomes como do ex-presidente do CDL, Michel Belli; do ex-reitor da Unifebe, Günther Lother Pertschy também são comentados como possíveis candidatos. Também temos nomes já declarados a concorrer como da advogada Karen Rodrigues do PSDB e Sabrina Avonzani, que deve vir pelo PSL.
Esta é uma conjuntura que pode mudar muito, com novos entrantes e diferentes alianças, afinal a política é dinâmica. Sendo assim, este panorama não pode ser entendido como uma verdade absoluta, pois mostra o momento atual, que é efêmero.
Toda esta movimentação é somente o início do período eleitoral e muitas negociações ainda serão feitas até o momento fatídico das convenções, que acontecem em agosto e que definirão as chapas e nomes que vão concorrer ao pleito. O Jornal O Município vai acompanhar de perto todo este período para que você sempre esteja por dentro do que acontece na cidade.