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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: A política no tempo

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Editorial: A política no tempo

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Na segunda-feira foi lançado o livro “Eleições em Brusque: Bastidores – Personagens, Resultados” publicado pela editora Unifebe de autoria do ex-prefeito Danilo Moritz, Celso Westrupp e Ciro Francisco Imhof.

O evento foi no Clube Guarani e a data foi escolhida para comemorar também o aniversário de 80 anos de Westrupp, um dos mais influentes gurus da política brusquense nos últimos 40 anos e coautor do livro.

O evento contou com várias autoridades políticas, empresariais, professores, familiares e amigos que puderam testemunhar um ato único, capaz de juntar antigos rivais políticos e uma diversidade de siglas partidárias sob o mesmo objetivo, a valorização da histórica política de Brusque. 

O livro de 570 páginas vem preencher uma lacuna, resgatando o resultado de todas as eleições realizadas na cidade e mostrando o voto dos brusquenses também no cenário estadual e nacional. Mas com certeza o que mais chama a atenção são as histórias de bastidores, conchavos e negociações por trás de candidaturas e campanhas relatadas pelos autores.

A política é um jogo de poder e não para no tempo. Os personagens vão aparecendo, formulando suas estratégias, ganhando e perdendo

Este interesse se dá porque, apesar de vivermos numa democracia e contarmos com eleições para escolher nossos líderes, só temos acesso a uma parte deste processo. Na prática, as eleições no Brasil têm duas fases: as prévias, em que os partidos fazem suas alianças e escolhem seus candidatos e a eleição, onde estes candidatos se submetem ao voto popular. 

Esta fase das prévias é desconhecida pelo público, é uma briga intensa e oculta, tal qual vem acontecendo nas últimas semanas e que inclusive teve o nome do empresário Luciano Hang como um dos protagonistas. 

A partir destas movimentações é que as peças vão andando no tabuleiro até chegar às convenções, que para deputados, senadores, governadores e presidente acontecem até 15 de agosto. Até lá o eleitor é um mero espectador, aguardando os nomes que serão postos no pleito. 

Assim, vivemos uma emoção dupla, de ver as histórias das eleições contadas em eleições passadas e viver o presente da expectativa dos conchavos atuais, que vão decidir quem serão os candidatos ao Executivo e Legislativo estadual e federal neste ano.

Talvez vamos precisar da vontade e determinação de Moritz, Imhof e Westrupp para contar no futuro como foram as eleições de 2022. Se o governador Moises e o presidente Bolsonaro se reelegeram ou entraram outros nos seus lugares. Se algum deputado de Brusque conseguiu uma vaga na Assembleia Legislativa ou os partidos da cidade trabalharam para eleger “forasteiros” novamente. Se depois de 16 anos tivemos força e união para eleger um deputado federal (o último foi Serafim Venzon, entre 2003 e 2006).

A política é um jogo de poder e não para no tempo. Tanto no passado registrado no livro como no presente, com as disputas atuais, os personagens vão aparecendo, formulando suas estratégias, ganhando e perdendo. Mas com certeza o poder nunca fica vago, sempre há quem o conquiste e esta luta sempre rende boas histórias, além de claro consolidar a nossa democracia. 

 

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