Editorial: Renovação, Residência e Resistência na Saúde
As pautas mais importantes dos últimos dias foram relacionadas à saúde. Tivemos boas notícias, como o jantar, na semana passada, para apresentação dos três médicos aprovados para a residência no Hospital Azambuja. Esta etapa já é fruto do Programa de Residência Médica lançado em agosto de 2016 pelo Centro Universitário de Brusque (Unifebe) em parceria […]
As pautas mais importantes dos últimos dias foram relacionadas à saúde. Tivemos boas notícias, como o jantar, na semana passada, para apresentação dos três médicos aprovados para a residência no Hospital Azambuja.
Esta etapa já é fruto do Programa de Residência Médica lançado em agosto de 2016 pelo Centro Universitário de Brusque (Unifebe) em parceria com o Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux, o Azambuja, e o Hospital Israelita Brasileiro Albert Einstein, de São Paulo.
Nesta quarta-feira, 28, o jornal O Município publicou outra boa notícia: a aprovação pelo Conselho Estadual de Educação para implantação do curso de medicina da Unifebe. Com o sinal verde, a instituição caminha agora para estruturar o curso e em breve começar a operar neste segmento.
Sem dúvida, tanto a vinda do curso de Medicina como a implantação da residência médica podem trazer uma nova realidade para a cidade, não só para a melhora do sistema de saúde, mas também como um novo modelo de negócios para a economia.
A área de saúde representa quase 10% do PIB brasileiro e o incremento deste setor no município pode melhorar muito nosso desempenho. Com o curso de medicina e a parceria estratégica do Einstein aumentam as atenções em relação à nossa cidade, atraindo pessoas com elevado nível cultural e econômico e também empresas ligadas ao setor de saúde, que tem alto valor agregado.
Este movimento pode gerar um novo polo de saúde, mais completo e complexo e com grande potencial de crescimento.
É claro que ainda há uma lição de casa para ser feita. A melhoria no Hospital Azambuja é uma delas. Neste sentido, um outro passo importante foi dado com a profissionalização da gestão iniciada no episódio da intervenção em 2013 e intensificada agora com a chegada do administrador Evandro Roza.
A área de saúde representa quase 10% do PIB brasileiro e o incremento deste setor no município pode melhorar muito nosso desempenho
O novo gestor mostrou a que veio na reunião da Acibr de segunda feira, 26, publicada nesta quarta-feira, 28, aqui no O Município. Sua atuação se baseia na transparência, renovação e inovações que está implementando no Hospital Azambuja, e que vem numa hora oportuna.
Outro ponto de atenção é a participação dos governos em seus vários níveis. O governo municipal e os municípios vizinhos precisam mais do que nunca abraçar a ideia, contribuindo com recursos e viabilizando as demandas que estão surgindo como a infraestrutura necessária para viabilizar o projeto, por exemplo.
Ainda na área de saúde temos a possibilidade da reabertura do Hospital Evangélico, que estava prevista para abril, mas que neste momento não está conseguindo a composição imaginada pelo novo proprietário para funcionar.
Há uma resistência dos médicos em aderir ao modelo proposto e talvez demore mais do que o planejado se vierem médicos de fora para compor o projeto. De qualquer maneira a intenção é revitalizá-lo com novas especialidades e serviços aumentando ainda mais as opções de atendimento aos munícipes.
Diante deste quadro, hospitais, universidade, governo, sociedade civil e empresários são elos desta corrente que precisa estar unida para puxar este novo momento e impedir que forças ocultas, igrejas, ciúmes, corporativismos e vaidades típicas destes casos sufoquem estas belas sementes que começam a germinar e querem dar frutos.
O novo está surgindo e pode transformar para melhor nossa cidade. Brusque pode ser imortal, mas seus cidadãos não são e precisam desta oportunidade para melhorar sua saúde e economia.