Opinião: “Estratégia, dinheiro e poder vão transformar importante região de Brusque”
Schlösser e a entrada de Brusque
Na segunda-feira o jornal O Município publicou a matéria “Venda Acertada”, que tratava da venda do imóvel da Companhia Industrial Schlösser por R$ 7,5 milhões para a Havan.
A venda ocorreu após a polêmica envolvendo o imóvel que havia sido comprado no dia 17 de janeiro para a GBA Têxtil, de Guabiruba, no valor de R$ 7,3 milhões. O negócio foi questionado pelo empresário Luciano Hang e, para evitar que o caso fosse parar na Justiça, a venda foi suspensa e uma nova assembleia foi realizada, com o imóvel sendo arrematado pela Havan.
A Havan, através da Brashop SA, já havia arrematado o principal imóvel da Schlösser que fica do outro lado da rua, em maio de 2017, por 25 milhões de reais. Juntos, os dois imóveis formam uma grande área com cerca de 90 mil metros quadrados.
Estas vendas mudaram e estão mudando o cenário urbano. Na área comprada em 2017 já funciona uma faculdade, empresas de softwares e games, coworking, banco, seguradora e restaurantes, dando nova dinâmica ao local.
Na nova área comprada esta semana a limpeza andou a passos largos, como vimos na edição de ontem. O mato foi retirado e também parte da estrutura da garagem.
A empresa vai transformar esta grande área num novo e badalado centro de negócios, criando um antigo e agora novo eixo econômico em nossa porta de entrada
O movimento da Havan de revitalização das duas áreas se dá num lugar estratégico, central e na entrada da cidade. A avenida Getúlio Vargas é o final da rodovia Antônio Heil e tem tudo para ser nosso novo cartão de visitas.
Se fizermos um breve resgate histórico, podemos ver que nestas proximidades vivia Vicente Só, e foi um dos pontos de partida de nossa colonização. Ali funcionou também um ponto de balsas que ligavam nosso comércio ao porto de Itajaí.
No outro ponto da avenida se estabeleceu o entroncamento que nos liga a outras cidades. Se formos reto, vamos a Botuverá, à esquerda até Nova Trento e à direita para Blumenau.
Por todas estas qualidades é que o local foi escolhido pela Companhia Schlösser no século passado e por décadas desenvolveu seus negócios. Com a derrocada da empresa, a área ficou desocupada. A falta de conservação deixou o local decadente e abandonado.
Neste tempo, Brusque foi crescendo e ganhando outros contornos logísticos. Foi construída a Beira Rio paralela à rodovia Antônio Heil, além de uma série de acessos secundários à cidade, para quem vem de Itajaí.
Estas mudanças esvaziaram o fluxo do trânsito na Getúlio Vargas e até suscitaram discussões de onde deveria ser a entrada ou a nova entrada da cidade.
Com o arremate dos terrenos da Schlösser pela Havan, o assunto volta à cena. Com estratégia, dinheiro e poder a empresa vai transformar esta grande área num novo e badalado centro de negócios, criando um antigo e agora novo eixo econômico em nossa porta de entrada.