Editorial: Um respiro na economia
Na quarta-feira o jornal O Município publicou uma matéria sobre o aumento do emprego em Brusque. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram 1223 contratações e 1181 demissões resultando um saldo de 42 novos postos de trabalho. Foi a primeira vez desde o início da pandemia que este saldo ficou positivo. O […]
Na quarta-feira o jornal O Município publicou uma matéria sobre o aumento do emprego em Brusque. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram 1223 contratações e 1181 demissões resultando um saldo de 42 novos postos de trabalho. Foi a primeira vez desde o início da pandemia que este saldo ficou positivo.
O setor de construção civil puxou o indicador com um saldo de 104 novas vagas, num contraponto aos demais setores (comércio, indústria e serviços) que fecharam postos de trabalho.
Em Santa Catarina a economia também reagiu. No estado 87,5% das empresas já retornaram as atividades, conforme pesquisa realizada pela Fiesc, Fecomércio e Sebrae publicada ontem aqui no jornal. O levantamento mostra também que pela primeira vez o número de empresas que tiveram redução no quadro de funcionários caiu.
Estas notícias não significam uma retomada, nem são motivo para grandes comemorações, mas não deixam de ser um alento neste momento, mostrando a confiança dos empresários em nosso estado, em nossa cidade.
Brusque tem uma história longa de empreendedorismo e esta verve continua viva mesmo em tempos de pandemia. Noticiamos diariamente boas iniciativas que estão sendo adotadas para manter o desenvolvimento da cidade.
Não estamos nem perto de um cenário de normalidade e, por isso o empresariado não está esperando de braços cruzados.
Na segunda feira, por exemplo, foi destaque a realização da Pronegócio Web. A iniciativa, realizada pela Ampebr chamou a atenção do Sebrae, que quer replicar o modelo para outros setores da economia do estado.
Também podemos destacar a 7ª Edição do Festival Nacional da Cuca, que iniciou ontem com um formato diferente do que foi ano passado. A aposta é a venda das cucas direto nas padarias participantes e uma repaginada no formato do concurso “A cuca nota 10 do Brasil”. Na mesma linha vem o Temperô, que inicia dia 5 de agosto e promete deixar a gastronomia de Brusque ainda melhor.
No campo empresarial a notícia da venda da Recicle para a multinacional francesa Veolia agitou o mercado. Os números não foram divulgados, mas com certeza foi uma das maiores transações financeiras da história da cidade. Outro movimento que promete uma transação de bilhões será a abertura de capital da poderosa Havan, divulgada esta semana pelo jornal Valor Econômico.
E não é só em eventos associativos e negociações empresariais que vamos inovando. A própria relação da iniciativa privada com o poder público nunca foi tão próxima. Entre acertos e erros as medidas vão sendo tomadas e ajustadas objetivando a preservação da saúde e economia. Por aqui se tomou a consciência de que nunca passamos por uma pandemia e é muito melhor unir esforços para vencer.
Assim, em iniciativas empreendedoras Brusque vai achando caminhos diferentes para contornar a crise. É claro que não estamos nem perto de um cenário de normalidade, e por isso o empresariado não está esperando de braços cruzados.
Como falamos no outro editorial, ninguém sabe a duração e intensidade da pandemia, mas temos que achar caminhos para conviver com ela. Neste sentido a lição de casa está sendo feita por aqui possibilitando um respiro de esperança também na economia.