Editorial: Visões de campanha
Este ano estamos tendo uma eleição atípica. Por conta da pandemia ela foi prorrogada e teve sua duração reduzida. Os candidatos estão tendo menos tempo para mostrar suas ideias e propostas, mas mesmo assim, pouco mais de um mês do começo da campanha, já dar para ter uma ideia do comportamento e estratégia de cada […]
Este ano estamos tendo uma eleição atípica. Por conta da pandemia ela foi prorrogada e teve sua duração reduzida. Os candidatos estão tendo menos tempo para mostrar suas ideias e propostas, mas mesmo assim, pouco mais de um mês do começo da campanha, já dar para ter uma ideia do comportamento e estratégia de cada um.
Segundo a última pesquisa publicada pelo jornal, dos três primeiros colocados, dois (Ciro Roza e Paulo Eccel) levam vantagem em relação aos demais por já serem nomes conhecidos. Foram votados com êxito em eleições passadas e ocuparam o cargo de prefeito por mais de um mandato. Ari, que vem na liderança, desfruta da vantagem de ser o atual vice-prefeito e ter também uma lembrança mais presente de seu nome.
Paulo Sestrem e Guilherme Marchewsky também já foram votados como vereadores, mas não tem conseguido ampliar esta adesão. O coronel Gomes está estreando na política e vem no mesmo patamar que os ex-vereadores.
Independentemente de sua colocação na pesquisa, cada um vem enfrentando seus desafios na busca do voto. Com este objetivo eles vem desenvolvendo suas campanhas valorizando seus pontos fortes e escondendo as fraquezas.
Ari Vequi tem a vantagem de estar no poder e pode contar com a visibilidade e as possibilidades que o cargo lhe oferece, reforçando a lembrança de seu nome. É um grande articulador, mas não tem a desenvoltura nem oratória tão afinada quanto a de outros candidatos e também nunca disputou uma eleição como cabeça de chapa.
Paulo Eccel tem a vantagem de ter sido prefeito mantendo um histórico sem condenações até agora. Fez um bom governo, organizando a prefeitura e a mantendo solvente. Nesta eleição vem muito focado, com um plano de governo bem feito. Enfrenta a resistência do voto contrário ao PT, que dominou a cena na eleição para governador há dois anos, por aqui.
Ciro Roza também tem a vantagem de ter sido prefeito e ter realizado muitas obras, principalmente em sua primeira e segunda gestão. Com seu entusiasmo colocou Brusque numa rota de prosperidade. Enfrenta agora uma série de processos que o enquadram como “ficha suja” e tem sua candidatura sub judice. O tempo longe do poder também é um ponto fraco, principalmente entre os mais jovens que não o conheceram no cargo.
Faltando pouco mais de duas semanas para os brusquenses irem as urnas, vamos conhecendo os candidatos
Paulo Sestrem é um candidato dinâmico e tem domínio do que fala. Tem também a vantagem de ter um bom apoio, inclusive financeiro, do partido. Mesmo assim ainda não é um nome tão conhecido e ainda enfrenta uma resistência de alguns por ter integrado o governo petista como secretário.
Guilherme Marchewsky consegue passar credibilidade no que fala e também parte de uma base eleitoral que o elegeu vereador. Tem experiência política e já foi presidente da Câmara. O fato de ter ficado sem mandato nos últimos quatro anos apagou um pouco sua popularidade e também falta um plano de governo mais robusto.
Coronel Gomes aposta no trabalho de segurança que fez em Brusque. Como militar, passa a ideia de organização, comando, pegando carona na moda da farda. Falta, porém, uma base eleitoral mais sólida, capaz de dar musculatura à campanha e um projeto mais consistente de governo.
Assim, faltando pouco mais de duas semanas para os brusquenses irem as urnas, vamos conhecendo os candidatos. Neste sentido o jornal vem mergulhando fundo no tema, realizando uma cobertura abrangente.
Diariamente publicamos entrevistas, sabatinas; analisamos os planos de governo, os currículos, os financiamentos de cada candidato. Acompanhamos os desdobramentos das eleições registrando cada movimentação. Tudo para que você tenha acesso a cada detalhe do seu candidato, do processo de eleição e possa decidir com segurança naquele que vai nos governar pelos próximos quatro anos.