Editorial: Volta às aulas mantida
Nesta semana o governo do estado, através da Secretaria de Estado da Educação confirmou o retorno das aulas para o dia 7 de fevereiro. Elas serão realizadas de forma 100% presencial levando em conta os cuidados sanitários necessários.
A motivação do governo do estado em retomar as aulas presenciais se baseou no balanço
das atividades de 2021, quando as aulas foram retomadas. Como resultado o índice de
contágio entre alunos esteve abaixo de 0,2%, enquanto entre professores o número nunca
ultrapassou a marca de 1%.
Este baixo índice também é constatado em outros estudos que apontam que, se mantidos os cuidados sanitários, o índice de transmissibilidade é muito baixo. A Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), por exemplo, se posicionou em outubro do ano passado favorável às aulas
presenciais, desde que seguidas recomendações de medidas preventivas de saúde.
Seguindo esta linha, as redes municipais de Brusque, Guabiruba e Botuverá também
confirmaram a volta às aulas 100% presencial no dia 7 de fevereiro. A rede particular
de Brusque ainda não confirmou, mas deve seguir este mesmo modelo.
Com esta decisão de voltar às aulas, o governo e as instituições de ensino de nossa cidade não vão deixar nossas crianças e nossos universitários órfãos de educação
Esta decisão é um ato de coragem e enfrentamento, de forma responsável ao momento que vivemos. A pandemia não gerou somente efeitos na área de saúde. A ausência de aulas presenciais, por exemplo, aumentou ainda mais o problema na educação brasileira.
Os estudantes tiveram dificuldade de adaptação ao ensino remoto, ausência de estrutura
para continuidade das aulas, perda da convivência no meio escolar, impactos nas
emoções, no aprendizado e até na alimentação em locais onde a merenda é uma das
principais refeições nutritivas do dia.
Por isso é tão importante a manutenção das aulas presenciais. Sabemos que os desafios
são imensos e vão desde a insegurança de professores, pais e alunos a dificuldades de
implantação dos protocolos sanitários. Mas mesmo assim a experiência tem mostrado que o esforço vale a pena. O próprio ato de volta às aulas é didático, motivando, na prática,
o enfrentamento da pandemia.
E falando no setor de educação no enfrentamento da pandemia, temos o case da Unifebe,
que desde 2020 se reinventou, criando tecnologias próprias e inovadoras. Assim, ao
contrário da Universidade de Santa Catarina que não tem data para voltar, e está mais
interessada no corporativismo do que na educação, a Unifebe tem sido exemplo e orgulho
de como manter suas aulas nas condições mais adversas, seja de forma remota ou
presencial.
Por fim, com esta decisão de voltar às aulas, o governo e as instituições de ensino de
nossa cidade não vão deixar nossas crianças e nossos universitários órfãos de educação.
Mais uma vez são exemplos de respeito e cidadania não permitindo que a pandemia ceife o
futuro destas novas gerações.