Edu celebra pênalti defendido e recorda momentos do passado: “sempre gostei de ir no gol”
Camisa 9 do Brusque surpreendeu a todos com defesa em cobrança de Felipe Gedoz
Camisa 9 do Brusque surpreendeu a todos com defesa em cobrança de Felipe Gedoz
Edu roubou a cena na vitória do Brusque sobre o Remo por 3 a 1 nesta sexta-feira, 15, pela 30ª rodada da Série B. Depois de desperdiçar um pênalti e outras chances nas quais não costuma falhar, o Imperador deixou tudo para trás: marcou o terceiro gol da vitória, de cabeça, e ainda pegou um pênalti nos últimos segundos do jogo, em cobrança de Felipe Gedoz.
Na coletiva de imprensa após o jogo, o atacante relata que havia uma dúvida sobre quem iria substituir Ruan Carneiro, que saiu após um acidente no lance do pênalti cometido sobre o zagueiro Rafael Jensen.
“Tive uma conversa com o Claudinho, e a gente estava em dúvida entre eu e ele. Ele tinha condição de ir tanto quanto eu. Então a gente conversou e optou por tirar alguém do ataque, porque se levássemos o gol, poderia ter bola parada, chuveirinho dentro da nossa área, e não podíamos perder o Claudinho naquela imposição física, naquela bola aérea.”
Naquela altura da partida, Edu já havia marcado o terceiro gol, de cabeça, após cruzamento de Bruno Alves, e também já havia recebido um cartão amarelo por simulação. Ele afirma que levou o cartão em conta para evitar uma expulsão no pênalti.
“Graças a Deus deu certo. Esperei o Gedoz até o último momento. Eu tinha que me preocupar em não me adiantar, porque eu já tinha amarelo e poderia ser expulso. Tinha tudo isso em mente, então segurei até o último segundo da batida, escolhi o canto certo, fiz a defesa e no rebote, o jogador do Remo acabou invadindo.”
O atacante também lembra que já teve experiências como goleiro, mas não em jogos oficiais. Afirma que “leva jeito para a coisa”, mas que jamais imaginava que fosse ser necessário usar suas qualidades desconhecidas debaixo das traves.
“Não podemos agarrar em rachão aqui. Já houve várias histórias de lesão antes de jogos importantes, de jogadores que vão para o gol para agarrar em rachão. Mas nos outros clubes em que passei, sempre gostei de ir no gol. Quando eu era bem mais novo, em campeonato de escola, estas coisas, sempre gostei de ir no gol. Em campeonato de várzea eu já agarrei. Então sempre levei jeito para a coisa, na verdade.”
“Óbvio que nunca passou pela minha cabeça precisar disso, pegar um pênalti, mas eu já comentei isto com o Viton [gerente de futebol] uma vez. (…) Não tem explicação. Costumo dizer que sou muito abençoado por Deus, muito predestinado de Deus, e isto é mais uma prova de tudo que Deus vem fazendo e tem para fazer na minha vida ainda.”
Perguntado sobre se o episódio é mais um a ser escrito na história do Brusque, o Imperador lembrou que a imagem do clube ficou manchada após o caso de racismo contra o meia Celsinho, do Londrina. Edu afirma que a história do quadricolor não pode ser resumida ao ocorrido que causou a perda de três pontos na Série B.
“Esta é a história do Brusque. Não é a história que estão contando aí na internet, por causa de uma infelicidade. Esta é a história rica do Brusque. O Brusque é um clube muito aguerrido, muito rico em histórias bonitas, e por um episódio acabaram denegrindo nossa imagem. Mas a gente vai trabalhar muito em foco e união para poder apagar este episódio horroroso que ficou do nosso clube.”
Edu é o artilheiro isolado da Série B do Campeonato Brasileiro, com 16 gols marcados.
Assista à coletiva do atacante a partir de 8min09: